Obras de quartel de bombeiros encalhadas

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Qua, 10/02/2010 - 09:54


Um atraso na avaliação da candidatura do projecto de remodelação e ampliação do quartel dos Bombeiros Voluntários de Vila Flor está a complicar a vida da Associação Humanitária. É que antes de se candidatar aos fundos comunitários do QREN teve de adjudicar a obra e agora o empreiteiro que venceu o concurso público reclama que quer iniciar os trabalhos.  

O problema é que o financiamento ainda não está garantido e, sem dinheiro disponível, a Associação Humanitária não autoriza a empreitada.

O presidente da direcção diz que teve garantias que uma vez cumpridos os requisitos a candidatura seria aprovada, mas, afinal, houve alterações.

“Como isto se estava a atrasar bastante, procuramos explicações, mas sempre nos informaram que em meados de Janeiro a candidatura seria aprovada porque nós preenchíamos os requisitos” refere Carlos Fernandes. “Mas depois somos informados que isto iria sofrer alterações e que as candidaturas só iria ser analisadas em Maio e que o desbloqueamento de verbas só seria feito em Setembro e sem garantias” acrescenta.

 

Perante as novas informações, Carlos Fernandes admite que ficou indignado.

“A minha revolta em relação a isto é o facto de nos obrigarem a uma adjudicação antecipada sem antes haver uma aprovação da candidatura” explica, pois neste momento “o empreiteiro pressiona-nos diariamente”.

 

Por outro lado, foi feita a desinstalação do quartel, o que obrigou a montar todos os meios operacionais num pavilhão na zona industrial, cuja renda está a ser paga pela Câmara de Vila Flor.

“Desinstalar um quartel de bombeiros é extremamente complicado porque arrasta muita coisa e se as obras tivessem arrancado no período definido, possivelmente parte do Verão já o iriamos passar nas instalações remodeladas” refere. “Estamos a ver que isso não vai acontecer e nem sabemos quando” salienta Carlos Fernandes.

 

A remodelação e ampliação do quartel do Bombeiros Voluntários de Vila Flor vai custar 400 mil euros.

A Câmara de Vila Flor assume 30 por cento do investimento, mas os fundos comunitários para assegurar o resto ainda não estão garantidos.

Escrito por CIR