Associação de Utilizadores do IP4 quer nó de Vale de Nogueira iluminado

“Estamos preocupados porque é um local que há muito tempo que o tínhamos identificado como um nó que merecia obras de desnivelamento e de iluminação pois em condições nocturnas apresenta dificuldades” refere, acrescentando que “as obras de desnivelamento já deviam ter acontecido para que a perigosidade do local fosse reduzida”.

Ainda assim o responsável admite que com o arranque das obras de construção da auto-estrada já não se justifica essa intervenção, mas defende uma maior iluminação do local.

“Provavelmente já não valerá a pena, mas devia apostar-se na iluminação e até na melhoria das condições do cruzamento” afirma Luís Bastos.

Apesar dos melhoramentos feitos nos últimos tempos “aquele nó continua a ser perigoso e com preocupação que verificamos que aconteceram dois acidentes com consequências mortais no mesmo local e em tão curto espaço de tempo, o que deve levar a uma investigação designadamente sobre as condições da via” defende.

De recordar que em menos de 48 horas morreram três pessoas na sequencia de dois acidente que ali ocorreram.

O mais grave aconteceu sexta-feira à noite quando um Renault Megane vermelho colidiu com num Toyota Yaris preto.

“Ía um ligeiro de passageiros a circular no IP4 no sentido Mirandela-Bragança e outro ligeiro de passageiros, vinha a efectuar a travessia do IP4 saindo de Bragada em direcção a Vale de Nogueira” explica o guarda António Pires da Unidade de Transito da GNR, acrescentando que “por razões que ainda se desconhecem, os carros colidiram no IP4”.

No Renault seguiam cinco pessoas, sendo que duas delas morreram.

Cândida Morais, de 80 anos, faleceu no local.

O irmão Eduardo Morais, de 69, ainda foi transportado com vida para o Hospital de Bragança onde foi submetido a uma intervenção cirúrgica mas acabou por não resistir aos ferimentos.

As vítimas são oriundas de Santa Comba de Rossas, no concelho de Bragança.

A população da aldeia ficou chocada com a tragédia.

“Aqui tudo chora, tudo lamenta” refere Lucília dos Santos, uma habitante da aldeia, enquanto João Baptista da Cunha, outro morador, salienta que “já somos aqui poucos, com estes acidentes ainda somos menos”.

As vítimas deste acidente tinham ido a Bragada ao velório de um cunhado que morreu na quinta-feira na sequência de um acidente que também ocorreu naquele cruzamento do IP4.

Estes dois sinistros contabilizam assim três mortes registadas este ano no IP4, em apenas dois dias.

Escrito por Brigantia