Seg, 28/09/2009 - 09:14
Os animais estão a ser alimentados através da compra de forragens vindas de Espanha a preços muito elevados.
“A maior parte delas estão avir de Espanha, mas os preços estão a subir muito, antes a palha comprava-se a cinco cêntimos o quilo, agora está a aproximar-se dos oito cêntimos” refere o secretário técnico da associação, acrescentando que não é fácil suportar esses preços e manter a actividade”.
Por outro lado, Fernando Sousa diz que “quando chegar o Inverno o preço vai seguramente ultrapassar os dez cêntimos por quilo e isso é insustentável, é provável que venham a morrer animais por causa da má nutrição porque os donos não têm capacidade para os alimentar”.
A associação acredita que a solução, embora temporária, passa pela redução do efectivo animal.
“Se diminuíssemos o numero de animais sem sermos penalizados pelos compromissos que temos perante os subsídios, os agricultores já não passariam pela desgraça que é não ter dinheiro e ver animais subnutridos” refere Fernando Sousa, admitindo, no entanto que a diminuição do efectivo pode representar uma ameaça para a raça mirandesa.
Ainda assim, diz que “é preferível diminuir o efectivo do que perder os agricultores, porque sem capital ficam numa situação de falência, por isso é preferível que passem por períodos de restrição do que por períodos de ruptura” salienta o responsável.
A raça mirandesa já representou um quarto dos efectivos de bovinos de Portugal.
Hoje o solar da raça resume-se a cerca de seis mil animais.
Escrito por CIR