Sex, 25/09/2009 - 15:37
Além disso, referiu ainda que a estratégia de comunicação definida pelo PSD não contempla conferências de imprensa especiais para órgãos de comunicação social regionais.
“Não lhe perguntaram, eu estive com ela e testemunhei essa realidade” afirma. “Estava previsto um momento de contacto com a imprensa no IPB e aí foram postas diversas questões uma das quais sobre a auto-estrada e não foi feita mais nenhuma pergunta” explica. “A posição que assumiu é de que não haveria conferências de imprensa especiais para os meios de comunicação local e depois quando houve a insistência da pergunta é natural que quando há uma estratégia de comunicação definida e que foi respeitada em todos os distritos, Bragança não podia ser a excepção” acrescenta Ferreira Gomes.
De salientar que nestas declarações, o candidato acaba por se contradizer ao afirmar primeiro que não foi feita a pergunta e depois diz que houve insistência na questão.
As acessibilidades acabaram por ser o tema quente deste debate, não só pelas estradas mas também pela Linha do Tua.
E aqui, a candidata da CDU, acusou o PS de ter hoje uma posição diferente em relação à que tinha há alguns anos atrás.
Para tal Manuela Cunha recorreu a um artigo de jornal de 1992, após a retirada das carruagens de Bragança. “É um comunicado da concelhia do PS que reage ao dito roubo das locomotivas e diz que ‘fechar a Linha do Tua é matar a memória do conselheiro Abílio Beça e diz que o partido vai apresentar uma queixa ao Tribunal Europeu preparando-se para lutar pela reabertura da linha” cita Manuela Cunha.
A saúde foi também outro tema discutido.
O cabeça de lista do PS, Mota Andrade não reconhece o encerramento nocturno dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP’s), nos centros de saúde e salienta que a colocação do helicóptero do INEM em Macedo de Cavaleiros não era uma promessa do partido.
“Os SAP’s estão à chamada que é exactamente a forma como estava o centro de saúde de Freixo de Espada à Cinta e de Alfândega da Fé, por isso os SAP’s não encerraram”. Confrontado com as contrapartidas dadas ao distrito, Mota Andrade afirmou que “o helicóptero não era uma promessa nossa, mas ele vem porque está em concurso público”.
Uma deixa aproveitada pelo PSD para criticar a oposição.
José Ferreira Gomes considera que “é inadmissível que se faça um protocolo para colocar o helicóptero e que depois não se cumpra e é ridículo que se diga que isso não foi uma promessa”.
O candidato do CDS optou por uma estratégia diferente, recorrendo ao programa eleitoral de 2005 do Partido Socialista para enumerar as propostas para o distrito que não foram cumpridas.
“Construção da auto-estrada, IP2 e IC5, o que é que já foi feito? Zero. Criação de um quadro legal de incentivos fiscais à interioridade, zero. Criação de uma agencia regional para a promoção e captação de investimento. Zero. Quer que continue?” Questiona Nuno Sousa.
Na educação foi ressuscitado um velho tema – a criação da Universidade de Bragança.
Sobre este assunto, o candidato do Bloco de Esquerda defende que esse é um projecto que não deve ser concretizado e explica porquê. “É perfeitamente natural que não haja universidade em Bragança porque não temos um tecido empresarial que possa absorver a mão-de-obra que viria a sair do ensino superior “ refere Luís Vale acrescentando que “receamos que o IPB caminhe nesse sentido”.
Um debate entre os cinco cabeças de lista dos partidos com assento parlamentar no ultimo dia de campanha eleitoral.
Domingo, os transmontanos vão escolher quem os vai representar no Parlamento durante a próxima legislatura.
Escrito por Brigantia