Jerónimo de Sousa constatou futuro ameaçado da Casa do Douro

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Seg, 24/08/2009 - 09:27


O secretário-geral do PCP foi sexta-feira à Régua ouvir a comissão dos trabalhadores da Casa do Douro e a própria direcção da instituição.

Jerónimo de Sousa ouviu do representante dos cerca de 80 trabalhadores da Casa do Douro, Francisco Silva, as preocupações de quem tem três vencimentos e o subsídio de férias em atraso.

 

“Estivemos a discutir sobre os vencimentos em atraso. No final do mês de Agosto serão quatro meses. Desde 2001 que andamos nesta situação, a receber tarde e mal”, revelou.

 

Jerónimo de Sousa reunir a seguir com a direcção da Casa do Douro, e no final culpou o Governo pelo estado da instituição duriense.

 “Esse equilíbrio mantido durante muitas décadas rompeu-se devido à obsessão deste Governo servir os interesses de grandes exportadores”, acusou, apontando ainda o dedo ao “Governo anterior, do PSD”.

O líder do PCP criticou ainda o Governo por não arranjar um mecanismo que possa salvar a Casa do Douro.

 

Por seu lado, o presidente da Casa do Douro, Manuel António Santos, disse que continua a compreender a situação dos 80 trabalhadores que têm quatro salários em atraso, mas que a solução está dependente de decisões políticas.

 

“Só temos duas ou três maneiras de arranjar receitas. Através das cotas, dos cadastros e da venda de vinhos. Se nenhuma destas situações se realizar temos de fechar portas, não vale a pena andar a inventar”, disse, acusando ainda as sucessivas “governações” pelo “mal” feito à instituição.

 

Preocupações que o presidente da Casa do Douro transmitiu ao secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, na sua passagem pela Régua.

Escrito por CIR