Sex, 31/07/2009 - 08:16
“A nossa terra, se não fossem os celtas não se conhecia”, comenta uma habitante. Outro popular diz que “é bom para a terra, que tem mais movimento”. Mais entusiasmada anda uma habitante mais idosa, que diz que “foi a melhor coisa do Mundo. Havia de ser uma semana. O que dá vida a Sendim é isto”, sublinhou.
O festival Intercéltico de Sendim arranca já esta noite com um grupo da casa, os Lenga Lenga, que aproveitam para dar a conhecer ao público o seu primeiro trabalho discográfico intitulado “L testemunho”.
Um CD com 14 faixas de música tradicional mirandesa ao som da gaita-de-foles.
O fim da noite está reservado para os suecos Hedningarda que repetem pela segunda vez o Intercéltico.
No sábado, o grande destaque vai para o grupo português a Brigada Vítor Jara e para os asturianos Lhan de Cubel.
Este é um festival que exige muito trabalho ao longo de todo o ano por parte da organização como explica Mário Correia o fundador do festival.
“Como decorre em plena época alta, o festival tem necessidade de fechar a programação em Fevereiro para conseguir os nomes importantes, que fazem as pessoas percorrer as centenas de quilómetros”, explica. Por outro lado, este ano vai ser inaugurado “o parque das eiras, especialmente vocacionado para eventos, em que o próprio piso já vai permitir bailar sem nuvens de poeiras”.
Mário Correia refere ainda que não há nenhuma fórmula secreta para o sucesso deste festival do planalto mirandês que completa agora dez anos.
“Não há nenhuma fórmula secreta. Dez anos depois de termos começado nesta finisterra, as pessoas continuam a vir aqui. A aventura da surpresa, de conhecer grupos novos”, conclui.
Para além da música, os festivaleiros têm ainda a oportunidade de conhecer a cultura e a tradição desta localidade através de várias iniciativas como workshops, apresentação de CD’s, livros e até mesmo visitas ao Parque Natural do Douro Internacional.
Para além disso, este ano o recinto onde decorre o certame foi melhorado.
Escrito por CIR