Ter, 07/07/2009 - 08:51
Casimiro Fraga, que assumiu pela terceira vez os destinos da instituição há um ano e meio, diz que o problema é comum às várias adegas da região demarcada do Douro e começa na “gestão errada”, apontando o dedo à anterior direcção.
“O problema de muitas adegas é a falta de vigilância como é o caso da assistência aos clientes, o bom serviço e as dívidas aos fornecedores” aponta o responsável da instituição salientando “temos muitas portas fechadas e por isso neste momento estamos quase parados”.
O presidente da adega cooperativa diz que “começamos a negociar as dívidas aos bancos, mas não temos vendas para superar 20 mil euros todos os meses e chegamos a um ponto que estrangulamos”.
Os problemas financeiros levaram também ao despedimento de nove dos 14 trabalhadores da instituição no último ano e meio.
No entanto, Casimiro Fraga garante que não sai mais ninguém. “O pessoal que está faz falta porque nós queremos que aquilo arranque novamente, só estamos à espera que a câmara nos ajude financeiramente” afirma, lamentando a falta de ajuda por parte dos sócios. “Dos sócios ninguém consegue um tostão porque também ainda têm duas vindimas por receber”.
E é precisamente à confiança dos sócios que apela o presidente da câmara de Vila Flor, Artur Pimentel, no sentido de reactivar aquela adega cooperativa. “A primeira palavra é deles, pois têm de acreditar na adega, começando a colocar lá de novo o seu produto” refere o autarca lembrando que “todas as adegas do Douro estão todas com problemas de vária ordem”.
Com mais de dois milhões e meio de dívida e com as últimas duas campanhas por pagar, a adega cooperativa de Vila Flor atravessa dificuldades para sobreviver.
Escrito por Brigantia