Técnicos de diagnóstico em greve

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Qua, 24/06/2009 - 08:30


Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica voltam à luta. Para amanhã e sexta-feira está marcada a segunda paralisação em menos de um mês. O Centro Hospitalar do Nordeste pode ficar parcialmente afectado nos serviços de Análises Clínicas, Farmácia, Fisioterapia e Radiologia nos próximos dois dias, tendo em conta a paralisação de Maio.  

A excepção é o Hospital de Mirandela, onde segundo o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde, os vínculos precários rondam os 70%.

Há um estudo pedido pelo ministério da Saúde que o presidente do Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde apelida de “pouco sério” e que terá induzido o ministério a não saber o que fazer em matéria de negociação com os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.

 

Por exemplo, o estudo tem em conta a necessidade dos Farmacêuticos, que não fazem parte deste grupo de técnicos, e não dos Técnicos de Farmácia.

Contudo, Almerindo Rego está confiante que se chegará a bom porto com Ana Jorge, a ministra da Saúde, e que estes técnicos vão deixar de ser os únicos licenciados da administração pública, a par dos enfermeiros, que não ganham como tal.

 

“Tendo demonstrado abertura para negociar a situação dos técnicos, penso que a senhora ministra vai reflectir nas razões que lhe vamos colocar” afirma o presidente do sindicato porque “a greve marcada para quinta e sexta pressupõe uma forte adesão”.

 

Um dos motivos que leva a esta greve de dois dias é a precariedade laboral, onde surge como exemplo dado pelo sindicato a unidade hospitalar de Mirandela. “Para além da revisão da carreira, há u m elevado numero de profissionais em regime de trabalho precário, pois só o hospital de Mirandela tem mais de 70% dos profissionais não estão colocados na carreira” refere.

 

Para amanhã está marcada uma manifestação às três da tarde em frente ao ministério da Saúde, em Lisboa, onde será esperada também a presença dos alunos das Escolas Superiores de Tecnologias da Saúde porque “estes são os primeiros grandes prejudicados porque têm as perspectivas de emprego quase nulas” afirma Almerindo Rego.

 

Vários serviços dos hospitais da região podem ficar limitados com mais dois dias de paralisação dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.

Em Maio, a greve rondou os 90%, segundo números do sindicato.

Segundo o ministério da Saúde não foi além dos 50.

Escrito por CIR