Ter, 02/06/2009 - 08:25
A Mota-Engil lidera o consórcio que vai construir o Itinerário Complementar nº 5 (IC5), entre o IP4, na zona do Pópulo e Miranda do Douro, e que vai estar concluído até finais de 2011.
O estaleiro central vai ficar, precisamente, no concelho de Alijó.
Este facto permitiu à Câmara estabelecer uma parceria com aquela empresa para construir a pista mais pequena do aeródromo, com 1300 a 1400 metros de extensão.
O presidente do Município, Artur Cascarejo, explica o acordo:
“Vamos tentar aproveitar o facto de terem cá as massa betuminosas, de terem cá toda a maquinaria para em vez de recebermos dinheiro pela cedência do terreno durante três anos eles pagarem em espécie com as obras de abertura da pista pequena.”
Porém, há uma outra parceria em cima da mesa que reúne o Grupo Vila Sol, a Real Companhia Velha e um outro grupo turístico que se mostrou interessado em participar.
O objectivo é construir também uma pista de três quilómetros, o que dá para aterrar qualquer tipo de avião.
Artur Cascarejo está convencido que mais Alijó terá finalmente um aeroporto regional, embora se diga consciente que só será viabilizado se for feita uma grande aposta no turismo do Douro.
“O que viabilizar uma infra-estrutura aérea neste território é uma forte aposta no turismo, sobretudo no turismo de elite”, disse. “É para esse nicho de mercado que estamos a encaminhar os nossos esforços”, continuou, revelando que “não é a câmara a gerir” a infraestrutura porque “não tem o conhecimento técnico.
Artur Cascarejo dá o exemplo da necessidade de um aeroporto para unidades de luxo, como é o caso da Quinta da Romaneira, no seu concelho.
“Transporta normalmente os seus clientes através de helicóptero. Está provado que esse turista, exigente, quer o máximo de comodidade e conforto.”
Há oito anos que a Câmara de Alijó luta pela criação de um aeroporto regional no local do aeródromo da Chã.
Uma estrutura que está orçada em 25 a 30 milhões de euros.
Escrito por CIR