Seg, 18/05/2009 - 09:14
Pouco passava das onze da manhã de sábado quando se deu início a um exercício que pretendeu ser o mais fiel possível à realidade. O objectivo era treinar para melhor acorrer às populações em situação de verdadeira catástrofe. No exercício participaram elementos dos Bombeiros Voluntários de Bragança, da GNR e de uma Unidade Militar de Emergência espanhola.Dado o alerta, bastaram sete minutos para os 107 homens que participaram no simulacro chegarem ao local do suposto acidente. O cenário foi a ponte de Valbom, sobre o rio Sabor. “Há um acidente que envolve dois carros, no total de 11 vítimas. Segundo últimas informações, os cães já detectaram uma das vítimas perdidas”, vai dizendo o comandante dos Bombeiros de Bragança, em jeito de ponto da situação. O aparato das 37 viaturas envolvidas neste simulacro assustou quem passava pelo IP4 àquela hora.“Quando vimos tanta polícia e tantos bombeiros pensámos que teria sido algum acidente. É normal que tenha ficado assustada”, confessa Delfina Madureira. Também Miguel Afonso revela ter sido apanhado de surpresa. “Vi ali muita confusão, muitas ambulâncias e pensei que era um acidente. Só depois soube que era um simulacro. Foi uma coisa bem montada. Assustei-me porque pensei que havia feridos graves, com tanto aparato”, vai dizendo. Com duas viaturas tombadas debaixo da ponte do IP4, foi necessário recorrer a cordas para chegar às vítimas. No terreno foi também montada uma tenda para fazer a triagem dos feridos. O sub-tenente Prada, da Unidade Militar de Emergências de León, explica os procedimentos. “Estão a tentar tirar as vítimas do veículo. Estão a abrir o tecto e depois irão evacuar as vítimas de ambulância, depois de passarem pela triagem. Há ainda outro veículo acidentado no rio e terão de ir lá os mergulhadores.” Ao longo de uma hora e meia, as vítimas foram localizadas, socorridas e evacuadas. Uma operação que correu conforme as expectativas do comandante José Fernandes. “Testámos diversos tipos de socorro: resgate em grande ângulo, busca aquática, busca terrestre e cinotécnica (com cães)”, explicou. José Fernandes disse ainda que “estes exercícios servem para coordenar o comando, testar e coordenar as comunicações e para os homens treinarem as suas competências”.
Um simulacro de acidente, que ainda assustou quem passou no IP4 durante a manhã de sábado.
Escrito por Brigantia