Qui, 09/04/2009 - 10:38
Trata-se de uma medida de apoio através da ocupação temporária.
Num concelho predominantemente agrícola onde já se nota a falta de trabalho, sobretudo para as mulheres, a câmara decidiu dar uma ajuda.
Pedro Mora, vice-presidente da câmara de Freixo de Espada à Cinta, explica que “o facto de ter havido perdas de produção tanto na azeitona como na vinha, aliado à insolvência da Coopafreixo, os agricultores sentem-se retraídos. Não há jeiras do campo que ajudavam a sustentar famílias do concelho”. Por isso, a Câmara “vai ocupar essas pessoas” e “pode dar-lhes um mês, dois ou três de salários mínimos”.
Para além de permitir dar algum rendimento às famílias, esta medida também vai ajudar algumas associações e instituições sociais beneficiando com o trabalho gratuito.
Para já, a autarquia ainda não sabe quantas pessoas podem vir a ser incluídas neste plano, porque depois das inscrições é preciso fazer uma selecção tendo em conta vários critérios.
“Vamos fazer uma triagem, ver quais os mais necessitados consoante o rendimento per capita do agregado familiar”, sublinhou.
A câmara vai disponibilizar 30 mil euros para pôr em prática este plano de ocupação temporária de apoio aos desempregados do concelho.
Pedro Mora admite que a iniciativa pode repetir-se nos próximos anos, mas entende que solução para o problema do desemprego passa pela iniciativa privada.
Por isso, revela que a autarquia vai abrir um gabinete de apoio à criação de pequenas empresas.
“É necessário que as pessoas invistam no próprio negócio”, defende.
Trabalhos de limpeza, varrer ruas, e jardinagem, apoio administrativo ou atendimento ao público, são algumas das tarefas que os actuais desempregados podem vir a desempenhar.
Nas instituições sociais, podem vir a ajudar no apoio a doentes na Unidade de Cuidados Continuados ou em lares, bem como a crianças nas creches e até da distribuição de refeições ao domicílio.
Escrito por Brigantia