Seg, 06/04/2009 - 11:42
Os comunistas sugerem a José Silvano que interponha uma providência cautelar para que a fábrica deixe de laborar, como aliás foi determinado pela Inspecção-Geral do Ambiente, em Maio do ano passado.
Depois do deputado do PCP, Agostinho Lopes, ter denunciado, no final da semana passada, que a fábrica de extracção de óleos do Cachão continua a laborar, mesmo depois de ter sido determinado o seu encerramento após o Ministério do Ambiente, há cerca de um ano, o presidente da câmara de Mirandela revelou que a fábrica continua sem licenciamento para laborar e até já foi notificada a pagar uma coima, mas o caso está em tribunal.
Agora, Pedro Fonseca, membro da CDU na Assembleia de Freguesia de Frechas, acusa o autarca de passividade em todo este processo, dado que a câmara de Mirandela é uma das responsáveis pela empresa Agro-Industrial do Nordeste, que gere o complexo do cachão onde está a fábrica em causa.
“Ele tem muita responsabilidade no assunto porque está se arrasta há muito tempo e já deveria ter tomado medidas” afirma.
Pedro Fonseca sugere a José Silvano que avance com uma providência cautelar para encerrar a fábrica e faça diligências junto do delegado de saúde para realizar um teste de despistagem à população do Cachão. “Através de uma providência cautelar poderia assegurar que pelo menos este ano não continue a trabalhar e isso era o mínimo que neste momento podia fazer” considera.
A CDU faz questão de ressalvar que não tem nada contra a referida empresa, porque estão em causa postos de trabalho, mas acima de tudo quer defender a saúde dos habitantes daquela aldeia pertencente à freguesia de Frechas. “Não queremos fechar a fabrica nem estamos contra as pessoas que lá trabalham mas queremos que a lei seja comprida” refere.
Pedro Fonseca reafirma que a fábrica continua a laborar em pleno. Prova disso, foi o dia seguinte à visita do deputado comunista Agostinho Lopes acompanhado pela comunicação social. “Bastou que a comunicação social abandonasse o local para passado poucas horas reiniciar o funcionamento” denuncia.
A população do Cachão continua confrontada com a poluição, nomeadamente fumos e cinzas lançados pelas chaminés da fábrica de extracção de óleo de bagaço de azeitona.
Escrito por CIR