Sex, 23/01/2009 - 08:12
O que se pretende é dar resposta mais rápida a uma vítima de AVC e assim minimizar as sequelas da doença.
O director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste, explica que os motivos que levaram à implementação da via verde estão relacionados “com as distancias que têm de se percorrer para chegar a uma urgência médico-cirúrgica”. Sampaio da Veiga salienta que ainda assim, “foi dada formação aos médicos e a todos os profissionais para que se faça mais próximo do local das pessoas”. Por outro lado, refere que “no norte há apenas três hospitais onde se faz este tratamento e o mais próximo era o de Vila Real”.
Uma das mais-valias da implementação desta via verde é a possibilidade de, em alguns casos, poder ser aplicado o tratamento por fibrinólise que até aqui só estava disponível em Vila Real.
No entanto, há critérios que condicionam a sua aplicação.
Um deles é a idade, sendo que os menores de 18 e os maiores de 80 estão automaticamente excluídos bem como o facto de o doente ter tido um enfarte do miocárdio um mês antes do AVC. “Se formos fazer esse tratamento em doentes que têm contra-indicação podemos piorar as coisas” alerta a directora do serviço de urgência do hospital de Bragança.
A responsável explica que até agora ainda não foi aplicada a fibrinólise porque “os doentes que têm chegado com sintomas de AVC não foram candidatos a esse tratamento”.
Eugénia Parreira garante ainda que os tempos de atendimento têm estado dentro do que é exigido pois “desde que entra, é observado, faz colheita de sangue, faz TAC e obtemos o relatório anda à volta dos 40 a 50 minutos enquanto que maioria dos hospitais ultrapassa muitas das vezes os 60 minutos”.
No distrito de Bragança existem cerca de 500 casos anuais de AVC.
Escrito por Brigantia