Sex, 23/01/2009 - 08:09
A cimeira ibérica que decorreu esta quinta-feira em Zamora ficou marcada por algumas manifestações à porta do edifício onde foram recebidos os primeiros-ministros dos dois países.
Cidadãos espanhóis e portugueses reivindicavam sobretudo a construção de vias que pudessem desenvolver mais as duas regiões.
Do lado português, o presidente da junta de freguesia de Ventuzelo, em Mogadouro envergava um cartaz exigindo a construção da uma Ponte Internacional que ligue aquela localidade a Mazueco, em Espanha.
Este protesto foi representado apenas pelos autarcas de Ventuzelo e de Mazueco.
O presidente da junta de Ventuzelo, em Mogadouro, entende que a ponte é fundamental para o desenvolvimento da região “porque sem ela a região não vai para a frente e queremos que ela seja uma realidade” afirma Cândido Fernandes.
Há nove anos que é reivindicada a construção desta infra-estrutura que representa um investimento de 600 mil euros.
O alcaide de Mazueco salienta a importância da obra dada a inexistência de uma ligação directa dizendo que “actualmente não temos nenhuma passagem fronteiriça ao largo de 50 km”. José Vicente salienta que “entre as barragens de Saucelle e de Bemposta não há nenhuma ligação” e para as populações comunicarem para o outro lado do rio Douro “temos de percorrer mais de 100 km com cerca de hora e meia de caminho, quando em linha recta estamos a cinco quilómetros”.
No entanto, esta reivindicação ficou sem ser atendida tal como a ligação solicitada pela Fundação Rei Afonso Henriques entre Bragança e Léon, através da Puebla de Sanábria.
Os temas não foram discutidos nesta cimeira porque não faziam parte da agenda de trabalhos e por isso” qualquer outra ligação tem de ser analisada” refere Magdalena Alvarez Arza, ministra do Fomento espanhol realçando que “em cada cimeira tratamos de projectos concretos”.
O ministro das obras públicas reiterou que os acessos do lado espanhol à Ponte Internacional de Quintanilha “vão ficar prontos este ano e deverá arrancar a ligação à auto-estrada espanhola cujo projecto já está em curso” adianta Mário Lino.
Escrito por Brigantia