Qua, 21/01/2009 - 08:29
A população de Macedo do Mato, no concelho de Bragança, não concorda com as recentes obras feitas da mini-etar da aldeia.
O equipamento foi construído há cerca de três anos mas terá revelado alguns problemas de funcionamento, quer ao nível da drenagem dos efluentes, quer ao nível da dimensão insuficiente para o número de casas que serve.
“Aquilo quando enchia, corria para fora e dava muito mau cheiro” explica Maria Isabel Morais, uma habitante. “Deitava fora logo à saída do depósito” reforça Teófilo Xavier acrescentando que “o lixo grande ficava lá dentro e saíam as águas e a cada dois meses era preciso vir uma cisterna a limpar aquilo”.
Para tentar resolver o problema foi feito, no último mês, um prolongamento à ETAR através de uma canalização que vai desaguar a uma pequena ribeira.
A população contesta esta solução por entender que está a poluir o curso de água.
“Fizeram uma espécie de esgoto e está a correr para uma ribeira que vai dar a Frieira” refere Maria Isabel Morais. “No século XXI não se percebe como fazem uma coisa dessas” critica Teófilo Xavier. “Teria sido melhor fazerem uma ETAR em condições em que a água pudesse sair para o ribeiro, mas limpa” salienta o habitante de Macedo do Mato. Já Carlos Castelo lamenta que assim “não se pode beber uma pinga de água no verão e nem as crias podem beber ali”.
O vice-presidente da câmara de Bragança esclarece que o líquido que sai da ETAR e está a ser vertido na ribeira cumpre as normas ambientais e por isso não constitui qualquer foco de poluição.
“O efluente que sai das ETAR’s é um líquido que obedece às normas de qualidade e é evidente que tem de correr para uma linha de água, como acontece em várias aldeias” refere Rui Caseiro. O autarca acrescenta que “muitas vezes o que leva as pessoas a contestar é o facto de pensarem que polui, mas isso não é verdade” garante.
A autarquia salienta que o controle químico dos efluentes é acompanhado diariamente por uma empresa certificada.
Escrito por Brigantia