Bragança adere ao rastreio da Leishmaniose

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Ter, 20/01/2009 - 08:58


Cerca de 100 cães do distrito de Bragança deverão ser submetidos, esta semana, ao rastreio da Leishmaniose. A iniciativa está inserida num rastreio nacional que se realiza pela primeira vez.  

Trata-se de uma doença crónica que a afecta os canídeos domésticos e é causada pela picada de um mosquito.

Se não for tratada pode levar à morte do animal.

 

O rastreio surge na sequência da criação do Observatório Nacional das Leishmanioses cuja primeira acção “é fazer este rastreio nacional que envolve cerca de 130 clínicas e que tenta abranger perto de três mil animais” afirma Duarte Lopes, médico veterinário de Bragança. “Na região de Trás-os-Montes serão rastreados mais de 100 animais, que já nos dá uma ideia da situação da doença” acrescenta o responsável.

 Duarte Lopes acrescenta que este rastreio é fundamental para perceber a dimensão da doença, pois até ao momento não há dados que possam sustentar estudos.

No entanto, na região há mais de 10 anos que há casos diagnosticados “e todos os anos temos novos casos”. No entanto, não há dados sobre o número de animais afectados pela doença. “Todos os anos aparecem dezenas de casos, mas com este rastreio já vamos ficar com dados” salienta o médico veterinário.

 

A Leishmaniose é transmissível ao homem sendo que há casos referenciados na região do Douro. “Dentro do grupo de risco temos as crianças, os idosos e pessoas imunodeprimidas e aqui na região abemos que há casos referenciados em Vila Real, particularmente no Douro” afirma Duarte Lopes.

 

Na região o rastreio está disponível em duas clínicas veterinárias de Bragança, uma em Mirandela e ainda no Hospital Veterinário da UTAD, em Vila Real.

Os resultados do rastreio devem ser conhecidos dentro de dois meses.

Escrito por Brigantia