Sex, 28/11/2008 - 08:19
Esta doença é provocada por um vírus que é disseminado por um mosquito.
Luís Fernandes, médico-veterinário coordenador da Organização de Produtores Pecuários de Miranda e Vimioso indica os sinais a que os produtores devem estar atentos.
“No caso dos ovinos, focam-se no aparecimento de crostas na boca e inchaço da língua” refere. “Os animais também apresentam manqueiras, deixam de se levantar e têm uma menor procura pelo alimento e consequentemente emagrecem” acrescenta.
Na sessão em Vimioso participaram dezenas de criadores que manifestaram desconhecer a doença.
“Disseram que era por causa da doença da língua azul mas eu não sei o que é” refere Maria Otília Granado, criadora de ovelhas em Algoso. “Acho que os meus animais nunca a tiveram por isso não posso dizer o que é” acrescenta. “Eu já ouvi falar mas não sei o que é, por isso é o veterinário nos disse para vir cá” afirma António Domingues de Argozelo.
Embora não seja contagiosa e não apresente uma taxa de mortalidade elevada, a doença da Língua Azul causa elevadas perdas económicas.
Luís Fernandes explica que isso acontece porque “os animais deixam de comer e ficam débeis, acabando por não alimentar as crias e a falta de nutrição tem consequências”. Por outro lado, “há a questão dos abortos e da infertilidade”. Este veterinário salienta que a doença “pode levar à morte do animal embora apresente uma taxa na casa dos 5 a 10%”.
O responsável da Organização de Produtores Pecuários de Miranda e Vimioso lembra que não há nenhum tratamento eficaz para esta doença.
Por isso aconselha os agricultores a vacinar os animais.