Mobilidade reduzida em Bragança

Foi isto mesmo que descobriu um grupo de pessoas com deficiência que na passada sexta feira fez um peddy paper pela capital de distrito.Os obstáculos com que se depararam foram muitos.Começando pelos Correios, Ângela Prior, uma das responsáveis pela organização deste peddy paper, adianta que no local existe uma cadeira para pessoas com mobilidade condicionada, mas “que não funcionou”. egue-se o IDICT ( Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho), onde  “existem umas escadas em caracol complicadas”. Instituto da Mobilidade e Transportes, ex DGV, “tem um elevador que também não funciona”.Andar de STUB (Serviço de Transportes Públicos de Bragança) também é complicado. Ângela Prior refere que “o único STUB que tem a cesso a pessoas com cadeiras de rodas é o ecológico, só tem acesso para duas e está com problemas no sistema de elevador”. Para os invisuais também não preenchem os requisitos pois “não têm uma sinalética, ou seja, como não há horários, não há um sinal sonoro que sinalize a chegada do transporte”.Mas os exemplos não ficam por aqui. No centro da cidade as barreiras arquitectónicas também foram notadas. “O início e fim das passadeiras, com rampas para os passeios não cumprem as regras quanto aos níveis e as cadeiras de rodas têm de ser auxiliadas”, atesta Ângela Prior. Os passeios são estreitos e há ainda pinos e outros obstáculos. Há oito anos numa cadeira de rodas, José Pinto, natural de Macedo de Cavaleiros, disse à Brigantia as suas maiores dificuldades foram a subir passeios. “Sem rampa custa muito a subir e na zona da Estação não há nenhuma rampa”, disse ao mesmo tempo que assegurava que em Macedo tem os mesmos problemas e que muitas vezes tem que pedir ajuda a outras pessoas.Este peddy paper foi uma iniciativa da especialidade de reabilitação da Ordem dos Enfermeiros e vai ser realizado em mais seis cidades portuguesas.No dia 3 de Dezembro, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, vão ser conhecidos as principais barreiras à mobilidade das pessoas com deficiência nas cidades de Bragança, Leiria, Setúbal, Lisboa, Coimbra Funchal e Ponta Delgada.