Ter, 28/10/2008 - 10:21
Todas as segundas feiras Celina Pereira faz a entrega dos seus cabazes, compostos só por produtos biológicos, no mercado municipal de Bragança. As vendas são personalizadas uma vez que os clientes podem escolher de antemão os produtos que querem.
“Temos uma lista com os diferentes produtos que dispomos e cada pessoa assinala aquilo que não pretende”, diz a produtora. Desta forma, Celina Pereira sabe quais os produtos que mais agradam aos seus clientes. De momento dispõe de 12 cabazes para distribuir, mas “na primavera haverá produção para garantir 30 a 40 cabazes”, adianta.
Apesar do programa RECIPROCO não se destinar apenas à venda de produtos biológicos, Celina Pereira só vê vantagens neste produtos, seja a nível da saúde ou a nível financeiro.
“Os produtos biológicos podem trazer benefícios tanto no sabor dos alimentação como na saúde”, refere. A nível económico acrescenta que “também se torna rentável porque se optarmos por variedades de qualidade a rentabilidade do produto é igual ao da agricultura tradicional”.
O contacto directo e as relações de confianças entre quem vende e quem compra são, então, marcas deste programa.
A CORANE, Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia, é quem faz a ponte entre produtores e consumidores.
Para Leonel Vaz, responsável pela CORANE, a intenção é ter a participação de mais produtores no RECIPROCO uma vez que, até agora, Celina Pereira é a única.
Sobre a origem do projecto, explica que se iniciou “no Alentejo, foi progressivamente estendido a todo o país, mas na zona norte somos os únicos”.
Nos próximos tempos o objectivo da associação passa por trazer produtores “de agricultura tradicional, mas previamente seleccionados”, refere ainda o responsável.
Para Leonel Vaz, responsável pela CORANE, o público a que se destina este programa são consumidores urbanos, sem relações ao meio rural e com algum poder de compra.
Os cabazes à venda no Mercado Municipal pesam entre 5 a 7 quilos e custam 12 euros.