Presidente da República ouve queixas de autarcas em Mogadouro e Miranda

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Seg, 15/09/2008 - 08:59


Em Mogadouro, o presidente da câmara aproveitou a presença do Presidente da República para deixar o recado do que ainda falta por fazer. “Falta-nos fazer constar do Plano Rodoviário Nacional a Ponte Ventuzelo-Mazueco” afirma Moraes Machado. Para isso “vamos pedir ao Governo para inserir na ordem do dia da cimeira Luso-espanhola um ponto sobre este assunto”.    

Cavaco Silva reconheceu as necessidades da região. “Eu sei bem que ainda há coisas por fazer e que não estão nas mãos dos autarcas sobretudo as ligações a Espanha, não só a de Ventuzelo-Mazueco mas também a Ponte de Quintanilha”. Mas, por outro lado, deixou o elogio aos autarcas pelas mudanças visíveis e “temos de ter orgulho no que já foi feito e confiar que por causa da força dos autarca se vai percorrer o caminho do futuro” acrescenta o chefe de estado.

 

O dia de ontem foi totalmente dedicado ao Parque Natural do Douro Internacional.

Depois de uma viagem em barco pelo rio Douro, na zona das Arribas, o Presidente da República apelou ao diálogo entre as instituições da conservação da Natureza, os autarcas e as populações, para que a preservação dos espaços naturais não seja um entrave ao desenvolvimento do país. “Ouvi algumas queixas dos autarcas em relação a restrições que não compreendem, mas não podemos ter as populações contra a conservação da natureza, por isso acredito que o diálogo tem de ser possível e os poderes públicos tem de manifestar maior abertura” afirma o presidente da república.

Para o chefe de Estado há que “conciliar a preservação da natureza com a melhoria das condições de vida da população que habita nos parques” sublinhando que “a espécie humana não pode ser esquecida” em detrimento do ambiente.

 

Na passagem por Miranda do Douro, o autarca local, aproveitou para lamentar o mais que certo encerramento do Pólo da UTAD. “Fizeram-se investimentos e defraudaram-se expectativas, por isso peço-lhe que nos ajude a manter o pólo na nossa cidade” apelou Manuel Rodrigo.

 

O Presidente da República ouviu ainda os vigilantes da Natureza dizer que são muito poucos: 2 do PNDI, que tem 120 Km de extensão, e 150 em todo o país.

No Penedo Durão, em Freixo de Espada à Cinta, assistiu à devolução de um grifo à Natureza, depois de sete meses a recuperar em cativeiro de um envenenamento.

Aberta a jaula, a ave necrófaga de 14 meses, com seis quilos de peso e uma envergadura de mais de dois metros de asa, lá se atirou de um penhasco, em voo sobre o vale do Douro sublinhado pelas palmas da assistência.