Empresários dizem-se lesados por Companhia de cobranças

Uma empresa de cobranças difíceis que deve dinheiro a clientes parece caso caricato, mas está a acontecer com empresários de Bragança e os casos arrastam-se há mais de meio ano.

A proprietária de uma das firmas lesadas, que não quis ser identificada, confiou no serviço pelo facto de ser uma empresa certificada, mas o que é certo é que até hoje ainda não recebeu o dinheiro que já foi cobrado aos clientes. “ Tentei receber o dinheiro que tinha mal parado, entreguei a estes senhores, fiz um contrato que custou cerca de 5000 euros”, recorda a queixosa. “Recebi durante uns tempos a documentação que prova que eles receberam o dinheiro, o certo é que o pagamento nunca chegou à empresa”, lamenta a proprietária”, referindo que “logo após a celebração do contrato, eles começaram a trabalhar de imediato e recebeu-se algum dinheiro, mas entretanto foram enviadas cartas a pedir que fosse devolvida a quantia que nos cabia e não houve qualquer resposta”. “Não há ninguém que assuma o pagamento, liga-se para a empresa e o telefone não está acessível “, acrescenta.

Noutro caso, uma empresa pagou o contrato inicial há mais de um ano e até hoje ainda não recebeu qualquer informação por parte da firma, como refere o sócio-gerente, com voz distorcida. “Comecei a ouvir vários comentários que esta empresa não cumpria com os clientes, no meu caso não recebeu de ninguém e não fez esforço para receber, recebeu foi de mim”, acusa o queixoso afirmando que “neste momento só queria que me reembolsassem aquilo que paguei no inicio”.

Um dos empresários lesados já avançou com um processo em tribunal. Milton Pereira, salienta que esta situação acaba por causar transtornos à empresa que lidera. “Eles começaram a mandar cartas para aqui e dinheiro nada, ligava para lá e diziam que ia ser creditado na conta, mais um mês, dois e nada, eles recebiam o dinheiro dos clientes”, assinala o empresário que garante já ter falado com uma advogada sobre a situação que segundo queixoso traz transtorno “o dinheiro não entra é complicado, foi dinheiro que tivemos que investir, não veio e ainda temos que gastar dinheiro com advogados”.

Para além do contrato inicial cujo valor varia conforme o montante das dívidas que se querem reaver, a empresa ainda cobra 30% sobre este valor.

A Brigantia tentou por várias vezes chegar à fala com a Firma Dívidas & Companhia, com sede em Vila Nova de Gaia, mas os contactos indicados no site da empresa, na internet, não estão activos. O mesmo acontece com os números de telemóvel que nos foram fornecidos pelos empresários de Bragança que se dizem lesados com esta situação.