Paralisação dos bombeiros de Macedo já terminou

 Os Bombeiros pararam porque em causa estava um débito de cerca de 30 mi euros a 90 bombeiros. A direcção garante que até amanhã serão pagos os valores em atraso, depois da conversa com o Comando Distrital de Operações de Socorro. Os bombeiros sabiam que o financiamento da Autoridade Nacional da Protecção Civil já tinha chegado e alegavam que este estava a ser aproveitado pela direcção da associação humanitária para pagar dívidas de gasóleo. Com medo de represálias, os voluntários de Macedo de Cavaleiros recusaram-se a prestar declarações, mas não pouparam críticas à actual direcção, nem mesmo as palavras para explicar toda a situação. Alegam, antes de mais, que não houve motivos partidários para esta manifestação. A situação já não é recente. O cenário é o mesmo do ano passado e repete-se desde que esta direcção tomou posse, daí a revolta. No quartel dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros esteve, esta manhã, o CODIS (Comando Distrital de Operações de Socorro), a tentar pressionar a direcção para resolver a situação. As críticas dos bombeiros vão ainda mais longe: alegam que a maior parte do fardamento é comprado por estes, e que até as botas, que rondam os 60€, lhes são descontadas com um dia de trabalho e que têm falta de equipamento de protecção individual. A juntar há ainda as condições precárias do quartel e dos meios: existem, pelo menos, duas ambulâncias paradas por falta de pneus e ainda um camião de incêndio e há 22 homens a dormir em más condições. Dizem ainda que é impossível tomar banho no actual quartel. Acerca do novo quartel, ao qual também já chamam de velho contam que o projecto era antigo e, por isso, já necessita de obras para estar conforme manda a lei. Apelidam-no de "obsoleto" e o único aspecto positivo é o parque de viaturas. A revolta dos bombeiros chega ainda ao bar, onde já não consomem há algum tempo, pois o preço das bebidas, que devia ser de cariz social, é praticamente igual ao do exterior. O habitual peditório na Festa do Santo Ambrósio, no mês de Agosto, está em risco, caso os bombeiros não recebam as verbas em dívida. Pelo que conseguimos perceber o comandante dos Bombeiros Voluntários de Macedo esteve solidário com os seus elementos.