Cruz Vermelha forma socorristas nas aldeias

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Ter, 29/07/2008 - 08:51


Formar a população rural para a prática dos primeiros socorros é o objectivo de um projecto da Cruz Vermelha Portuguesas que está a ser levado a cabo pela delegação de Bragança.  

Em parceria com o Centro de Saúde de Bragança, pretende-se que nas aldeias mais distantes da sede de concelho, haja pelo menos uma pessoa com conhecimentos de socorrismo afim de auxiliar casos súbitos e estabelecer o contacto com as linhas de emergência.

 

Para isso estão ser realizadas acções de formação. “O objectivo é criar uma pessoa em cada localidade com conhecimentos de primeiros socorros e fazer o elo de ligação com o centro de saúde” explica Milton Roque assessor da Cruz Vermelha Portuguesa, na delegação de Bragança. “Se houver alguma pessoa que esteja acamada ou que acabe de sair do hospital essa pessoa pode ficar uma linha aberta para o centro de saúde e avisar do estado”. Em caso de acidente, “se houver alguém na localidade que possa fazer o primeiro socorro e o alerta para o 112 é o indicado”, conclui.

 

Neste curso, transmite-se à população princípios básicos do socorrismo como “técnicas de suporte básico de vida, desobstrução da via aérea que são coisas simples que podem ajudar a salvar uma vítima enquanto não chegam os meios de socorro” refere Ana Cristina Alves, formadora da Cruz Vermelha. Além disso, também vão ser dadas dicas sobre o que “não se deve fazer perante uma doença ou acidente” acrescenta.

 

Esta semana a formação está a decorrer na freguesia do Parâmio.

A população considera esta acção uma mais valia. “Nas aldeias há muita gente idosa que precisa de alguém que as socorra e é bem que haja alguém na aldeia que esteja disponível para isso” refere Joana Bento. “É para isso que fazemos o curso, se houver necessidade de socorrer certamente que o faremos” afirma Manuel Rodrigues. “É sempre bom ter uma noção dos primeiros socorros mas espero que não seja preciso usá-los muitas vezes” considera Maria da Conceição Ferreira acrescentando que “se for preciso é bom saber como fazê-lo”. Já Aurélio Diz afirma que “pode dar sempre jeito quando alguém se encontrar doente”.

 

Acções semelhantes já decorreram nas freguesias de Espinhosela e Gondesende.

A Cruz Vermelha quer alargar o projecto a mais freguesias do concelho de Bragança, mas para já ainda não estão planeadas mais acções de formação.