Ter, 13/05/2008 - 07:54
O presidente da Câmara de Carrazeda, Eugénio de Castro, explica as razões da adesão a esta confraria. “Se há um pólo, agrupamento ou associação que promove determinados produtos que são locais, que têm qualidade e onde se encontram alguns dos nossos, nós naturalmente temos de tirar vantagens”, sublinha o autarca. “Da mesma forma que aderimos há dois ou três anos aos Municípios do Vinho, desta vez, aderimos à Confraria da Maçã, porque se há produto que nós temos de muita qualidade e reconhecida por esse país fora é a maçã”, assinala Eugénio de Castro acrescentando que “por isso não fazia sentido que a Câmara se alheasse dessa iniciativa”.
A adesão da Câmara de Carrazeda à Confraria da Maçã Portuguesa só traz vantagens, segundo António Pinto, técnico da Direcção Regional de Agricultura. “Aqui em Carrazeda temos uma média de 400 a 450 hectares, Moimenta tem 4500 e Armamar 1800”, realça o técnico da Direcção Regional de Agricultura garantindo que “só temos vantagem em juntarmo-nos, em termos de qualidade e de confraria, aos outros concelhos”.
“Aqui o concelho de Carrazeda tem um estrangulamento muito grande, que é a parte comercial”, afirma António Pinto. “Há cerca de 10 anos, andei nos arranques dos pomares exactamente porque tinha um estrangulamento que era a comercialização”, recorda o técnico revelando que “os pequenos agricultores produziam e não tinham hipótese de comercializar, daí o arranque e a cultura alternativa foi o castanheiro”.
Apesar de tudo, António Pinto reconhece que o castanheiro não tem condições para ser rentável nos terrenos que anteriormente foram ocupados por macieiras.