Ter, 01/04/2008 - 08:01
A liga fez um levantamento da situação e concluiu que a rede deve ser reestruturada. O socorro pré-hospitalar está influenciado por um rácio internacional de uma ambulância por 40 mil habitantes que a Liga não considera justo e apelida-o mesmo de “cego”.
“ Esta distribuição de ambulâncias não pode ter uma visão redutora, tem que atender às acessibilidades, às características sócio-económica e demográfica, às distâncias entre as localidades”, considera Duarte Caldeira, presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, que acrescenta que a população do interior tem o direito consagrado na constituição de usufruir de uma assistência igual à que existe no litoral. “ Constitucionalmente o cidadão que reside num aldeia do distrito de Bragança não é um cidadão portador de menos direitos do que o cidadão que reside no grande Porto ou em Lisboa”, explica Duarte Caldeira.
Por isso, a Liga entregou ao INEM um memorando onde estas situações são identificadas e passíveis de correcção na reestruturação da rede. Mas Duarte Caldeira alerta ainda para outro problema, relacionado com a falta de elementos com formação específica na tripulação destas ambulâncias. “ Carece neste momento da formação urgente de mais 200 tripulantes de ambulância de socorro”, conclui o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses.
No distrito de Bragança nem todas as corporações de bombeiros possuem ambulâncias de socorro pré-hospitalar.