Faurecia brilha em gala de homenagem às empresas de Bragança

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Qui, 21/02/2008 - 10:23


O presidente da câmara de Bragança desafia o Governo a isentar as empresas do interior do pagamento de IRC durante 10 anos e descer o IRS para metade do valor. Um repto lançado ontem à noite numa gala de homenagem às empresas do concelho, integrada nas comemorações dos 544 anos da cidade de Bragança.

 O presidente da câmara de Bragança desafia o Governo a isentar as empresas do interior do pagamento de IRC durante 10 anos e descer o IRS para metade do valor. Um repto lançado ontem à noite numa gala de homenagem às empresas do concelho, integrada nas comemorações dos 544 anos da cidade de Bragança.Jorge Nunes considera que são necessárias medidas de choque para resolver o problema de interioridade e por isso sugere que as empresas deixam de pagar IRC durante 10 anos. “Eu não vejo muitas formas diferentes de resolver o problema da interioridade, a não ser adoptar medidas de choque, pôr o IRC com valor zero para as empresas durante no mínimo dez anos, pôr o IRS a cerca de 50% do valor actual para que por essa via se ajude a fixar as pessoas no interior”, propõe o autarca.Jorge Nunes salienta o exemplo do próprio município que abdica da designada “derrama”. “ A lei permite às autarquias aplicar um imposto às empresas sobre os lucros, sobre a matéria tributável, o que significa que a autarquia podia arrecadar para os cofres do município um valor próximo de 3, 5 milhões de euros e não o faz, porque entende que esse é um imposto do qual vale a pena abdicar”, garante o presidente do Município. Nesta gala de homenagem às empresas foram distinguidas várias firmas do concelho. Na categoria Antiguidade foi premiada a empresa mais antiga. Com 82 anos de actividade, Carlos Monteiro, o proprietário da Petrochama, realça os tempos difíceis do sector de actividade por causa da concorrência espanhola. “O negócio dos combustíveis está extremamente difícil com o problema da fronteira, com os preços muito mais baratos do lado de lá da fronteira, portanto os consumos diminuem e é difícil continuar”, afirma Carlos Monteiro.  O grande premiado da noite foi a fábrica Faurecia que venceu nas restantes quatro categorias: facturação, exportação, emprego e excelência. Miranda de Sousa, director da Faurecia em Bragança, adianta que o volume de facturação da fábrica triplicou nos últimos dois anos. “Quase triplicou, passámos de cerca de 34 milhões em 2006 para praticamente 94 milhões em 2007, hoje trabalham cerca de 160 pessoas na fábrica… a perspectiva é crescer, neste momento a nossa meta aponta para cerca de uns 30% de aumento”, afiança o director da empresa Faurecia.A câmara de Bragança a reconhecer a actividade empresarial do concelho e a destacar o empenho para o desenvolvimento económico.