Seg, 08/04/2024 - 09:19
O escritor, psicólogo e ex-inspector da PJ, contribuiu, na altura, para a investigação do caso. Agora aposentado, decidiu que estava na altura de escrever o livro “Mulheres sem Infância”. “Na altura era um jovem investigador da Polícia Judiciária e acabei por colaborar um pouco nas investigações e na procura deste individuo, que não sabíamos quem era, e isso ficou sem solução, nunca se chegou ao autor, tão depressa apareceu na sociedade, como desapareceu e isto ficou-me sempre no meu inconsciente. É uma história que se cruza com este caso”, contou.
O assassino em série matou três mulheres, entre 1992 e 1993, mas o caso nunca chegou a ser resolvido. Contrariamente ao que acontece no livro de César Afonso. “Neste livro o caso está resolvido”, adiantou.
Enquanto ex-inspector, César Afonso realça que este tipo de crimes, relacionados com abuso sexual, deixa qualquer adulto e criança “sem infância”. “Há comportamentos que acabam por ceifar a infância das pessoas e ninguém tem o direito de fazer isso a ninguém e quando há esse tipo de crimes, há uma tentativa de desvalorizar, de que não se fica traumatizado, mas fica-se. Nomeadamente os crimes sexuais contra as crianças, sujeitar uma criança a determinado tipo de exposições e de agressões é retirá-las da infância”, disse.
O livro “Mulheres sem Infância” será apresentado no próximo dia 11, no edifício da Polícia Judiciária, em Lisboa.
César Afonso é natural de Nuzedo de Cima, no concelho de Vinhais. Escreveu o seu primeiro livro em 1982, quando tinha 19 anos. Esta é já a sua oitava obra. Ao longo do seu percurso literário diz ter sempre presente as suas raízes transmontanas.
Escrito por Brigantia