Qua, 15/11/2017 - 10:10
“ A grande preocupação que tenho neste momento é fazer face às despesas do pagamento de vencimentos de todos os funcionários que estão sobre a alçada da União de Freguesias, seja os do quadro da junta, seja os que são recrutados pelo IEFP. Neste momento a junta tem no banco 3700 euros e para vencimentos, só no mês de Novembro, precisa de 17 mil euros, com todos as obrigações legais a que estamos sujeitos”, conta.
Telmo Afonso acusa ainda o antigo presidente da junta, José Pires, de ter gasto dinheiro onde não devia.
“Não há dinheiro, porque o que era destinado ao pagamento de vencimentos foi gasto. Nós temos rubricas neste momento que excederam em muito, aquilo que estava previsto e por isso tinha que faltar em algum lado. Infelizmente falta para pagar os vencimentos de quem trabalha. Alguém tem de ser responsabilizado, nós ainda não pagámos um cêntimo desde que estamos no executivo da junta há uma semana e tal. Foram gastos em restauração e alimentação 17 mil euros, foram gastos no Dicionário de Palavras Soltas do Povo Transmontano 12 mil e tal euros, ainda só se receberam 1000 euros da ANAFRE, foram várias as rubricas em que foi gasto mais dinheiro do que era previsto”, disse.
Por seu lado, José Pires diz que há dinheiro nas contas bancárias e também há dinheiro a receber dos dicionários adquiridos pelas câmaras municipais. Para além das verbas que 150 mil euros, que diz estarem em atraso, da câmara de Bragança.
“ A União de freguesias tem recursos para pagar aos funcionários. Tem neste momento, e foi deixado por mim, para entregar, livros às câmaras municipais que apoiaram e receber. Tem ainda da parte do município 150 mil euros, 50 mil do ano transacto e 100 mil deste ano, dinheiro que seria destinado a obras, que entretanto a junta de freguesia fez e pagou com os seus recursos. Foi feita uma prestação de contas pela empresa responsável pela contabilidade e estava tudo em conformidade. Não creio que haja falta de liquidez para pagar aos funcionários. Há mais do que uma conta bancária e só assim por alto só dos livros há mais de sete mil euros para receber”, justificou-se.
Relativamente a um entendimento para a formação de executivo, as partes envolvidas continuam à procura de uma solução, mas ainda não foi marcada nenhuma reunião para chegar a um consenso. Telmo Afonso não admite o cenário de eleições antecipadas. José Pires aguarda propostas do actual presidente da União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo. Esta é uma situação que pode provocar mais impasses na execução financeira. Escrito por Brigantia