Sex, 30/10/2009 - 19:18
“Neste momento não há condições para poupar, devido aos rendimentos que as pessoas ganham serem muito reduzidos. Tudo o que se ganha é para gastar”, diz um transeunte.
Outro transeunte refere que “já há muito tempo que não se faz poupança”. “Quando se tem um agregado familiar com mulher e dois filhos, com apartamento para pagar, colégio para pagar, já é preciso ter um ordenado acima da média do que se ganha por aqui para conseguir aguentar as despesas todas”, refere.
No entanto, por tradição, os transmontanos são poupados.
Isso mesmo confirma Gracinda Carlos, gerente de uma agência bancária em Bragança, até porque esta é uma região de pouco investimento.
“Se calhar estamos a financiar investimentos de outras regiões, porque aqui não há grandes investimentos. Esta é uma região onde as pessoas são tradicionalmente aforradoras, porque não há grandes investimentos.”
Bragança é mesmo um dos distritos do país onde mais se poupa.
“É um dos distritos onde de facto temos mais poupanças do que propriamente dinheiro destinado ao investimento.”
Mesmo assim, Gracinda Carlos aconselha os transmontanos a aproveitarem esta época de juros baixos nos créditos à habitação para poder pôr algumas economias de lado.
Até porque não há uma fórmula mágica.
“Não há técnicas específicas. Parte de cada um de nós estipular uma parte do orçamento mensal para pôr de parte. Só dessa forma e com planeamento. E deve ser uma prioridade nos dias de hoje. Aproveitar a boa fase de taxas mais baixas e estabelecer métodos de poupança.”
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, desde 2008 que a taxa de poupança tem aumentado, uma tendência que continuou no primeiro semestre de 2009.
No ano passado, a taxa de poupança situou-se nos 6,4 por cento, e nos primeiros seis meses de 2009 subiu 2,2 pontos percentuais, para os 8,6 por cento.
E apesar dos juros estarem em baixa, os depósitos a prazo voltam a ser uma opção válida.
Escrito por Brigantia