Qua, 13/01/2010 - 09:31
“Prometi uma reflexão e juntamente com muitos companheiros concluímos que era preciso pôr ordem e um travão nesta marcha porque isto poderia ser um desencanto, só não será se eu ganhar no sábado” afirma, convicto de uma vitória. “Mas eu não prescindo de ninguém” acrescenta. “José Silvano é um militante valoroso que há-de ser chamado para enfrentar situações, eu não sei se ele até terá condições para ser deputado, mas há-de ser o partido a ratificar”.
Telmo Moreno acusa o seu rival na corrida à liderança do PSD de Bragança de ter já o objectivo de ser o próximo candidato ao cargo de deputado na Assembleia da República, juntamente com Jorge Nunes, o presidente da câmara de Bragança.
Telmo Moreno, por seu lado, diz ter apenas um pensamento. “O partido, os militantes e as bases” indica. “Eu estou no partido porque acredito nas bases, pois elas são a estrutura fundamental” salienta.
Recusando estar em desvantagem por ter apresentado a candidatura mais tarde do que o seu rival, acredita que ainda vai a tempo de vencer, tal como em 1995, na altura também contra José Silvano.
Para isso, aposta num manifesto eleitoral ambicioso. “A nossa candidatura assume como desígnio a construção de um programa político social-democrata, transformação e modernização da nossa região matriciada em valores como a coesão” adianta.
Pelo caminho, confessou um almoço com José Silvano, da iniciativa do presidente da câmara de Mirandela, para discutir uma lista de consenso, ficando depois surpreso quando ouviu o anúncio da candidatura do seu opositor.
Por outro lado, recusou lições de moral na questão da escolha do cabeça de lista por Bragança à Assembleia da República, recordando a sua ameaça de demissão da Distrital laranja em 2002, quando Durão Barroso pretendia impor um nome exterior ao distrito.
Nas entrelinhas deixou a acusação velada que seria o próprio Silvano o responsável indirecto pela escolha de José Ferreira Gomes para representar Bragança na Assembleia da República.
Telmo Moreno assumiu-se ainda confesso apoiante do vilarealense Pedro Passos Coelho para presidente do PSD e prometeu manter a distrital no rumo correcto.
“A nível nacional o partido está esgotado, mas a nível distrital tem vitalidade mas não pode ser desviado do rumo certo” refere.
Sublinhando a aposta na juventude, com 75 por cento de “gente nova” na sua lista, Telmo Moreno faz-se acompanhar de Jorge Fidalgo, de Vimioso, como primeiro vice-presidente, e Luís Gonçalves, como segundo.
À assembleia distrital candidata-se o presidente da câmara de Carrazeda de Ansiães, José Luís Correia.
Ao conselho de jurisdição distrital, o cabeça-de-lista é Nuno Gonçalves, de Moncorvo.
Escrito por Brigantia
