Sex, 20/12/2024 - 09:23
A denúncia é do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal.
José Eduardo Andrade, responsável regional do sindicato, diz que a empresa não cumpre enquadramento legal para conseguir efectuar nenhuma das alegadas ameaças. “Neste momento há 15 trabalhadoras que já aceitaram a proposta de rescisão amigável, o problema é que identificámos questões que não são verdadeiras. Aquilo que a empresa coloca é que o que se prevê num futuro próximo é uma possibilidade de despedimento colectivo ou extinção do posto de trabalho e a empresa não obedece a nenhum dos requisitos para que possam fazer isso”, explicou.
Além de Vila Flor, a empresa tem mais duas unidades, uma em Vila Real e outra em Paredes. José Eduardo Andrade acredita que a Cuga quer rejuvenescer os quadros, deixando para trás os trabalhadores mais antigos e reivindicativos e contratando trabalhadores mais jovens, expostos à “necessidade de um emprego sob quaisquer condições”.
José Eduardo Andrade diz que as trabalhadoras sabem que a empresa está bem financeiramente mas que aceitaram estas propostas por desconhecerem a lei. “Já conseguimos fazer com que vários trabalhadores não aceitassem esta proposta, porque ainda por cima, a empresa não coloca em cima da mesa os valores que os trabalhadores realmente teriam numa situação verdadeira de despedimento colectivo”, vincou.
A antiga Varandas Sousa, maior produtora de cogumelos em Portugal, tem agora uma nova imagem e marca: a Cuga, que já foi contactada, para prestar esclarecimentos. Ainda não obtivemos resposta.
Escrito por Brigantia