Quebra na produção de cereja chega aos 50 por cento em Alfândega da Fé

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Qua, 18/05/2011 - 10:46


Este ano houve uma quebra de 50 por cento na produção de cereja em Alfândega da Fé. No entanto, presidente da Cooperativa, Eduardo Tavares, diz que as condições atmosféricas adversas afectaram, apenas, as variedades que se colhem mais cedo.

Por isso mantém as expectativas de um ano razoável de cereja com a boa qualidade das variedades mais tardias.

“Ao contrário daquilo que eu disse há cerca de um mês, em que a floração de facto correu muito bem e se perspectivava um excelente ano de cereja, por motivos climatéricos, nomeadamente o frio e também alguma chuva com granizo prejudicaram bastante as variedades temporãs e há aqui uma redução na produção na ordem dos 50 por cento, não tanto a perda em si mas o fruto que acabou por vingar definhou e é um fruto que não está em boas condições para comercializar”, explica o presidente da Cooperativa.

Inicialmente, a cooperativa de Alfândega estimava atingir as 150 toneladas de cereja.

Mas com esta quebra na produção nas variedades temporãs, a quantidade produzida não deve ultrapassar as 100 toneladas, originando uma quebra total de 30 por cento.

Apesar da região ter as condições ideias para a produção de cereja de qualidade, Eduardo Tavares justifica as quebras na produção com a sensibilidade do fruto às oscilações do clima.

“É uma cultura muito sensível às condições atmosféricas, basta vir uma geada na altura da floração ou do vingamento do fruto para se perder praticamente a campanha toda. O excesso de água também é prejudicial, porque faz com que o produto se deteriore. O excesso de calor na altura da floração também é prejudicial ao fruto e foram estes os factores climatéricos, que se manifestaram no final da floração e no final do vingamento do fruto e que fizeram com que de facto houvesse esta perca de produção”, salienta Eduardo Tavares.

  

O preço da cereja este ano varia entre os 1,5 euros e os 2 euros, um preço reduzido relativamente a anos anteriores.

Eduardo Tavares justifica-o com as boas produções de cereja noutras zonas do País.

Durante a Festa da Cereja de Alfândega a Cooperativa vende entre 100 a 150 mil euros de produtos locais, mas Eduardo Tavares garante que não é um montante representativo para a cooperativa, porque os custos da apanha da cereja são muito elevados.

No entanto, o mesmo responsável acredita que com o aumento da produção nos próximos anos, a cereja vai dar lucro à cooperativa.

Escrito por Brigantia