Projecto Casa da Saúde em risco

PUB.

Qui, 17/04/2008 - 08:24


Bragança pode vir a perder o projecto Casa da Saúde. O grupo investidor aguarda uma resposta do Governo há oito meses e ameaça desistir dos investimentos no interior do país.

O projecto contempla a criação de 25 unidades em todo o país, estando prevista a instalação de uma por distrito e foi proposto ao Governo mediante contrapartidas, como era o caso do acesso ao regime de convenções, o licenciamento, a possibilidade de abrir Unidades de Saúde Familiar e incentivos fiscais.

 

A falta de resposta por parte dos Ministérios da Saúde e da Economia está a deixar os promotores impacientes e já admitem desistir do projecto no interior do país, ficando assim em causa a Casa da Saúde de Bragança. O presidente do conselho de administração da Sanusquali, diz mesmo que “há um limite de tempo”. “Nós não vamos ficar indefinidamente à espera, o problema está em que não tem sido possível obter as respostas que são indispensáveis”, reitera o presidente do conselho de administração da Sanusquali.

 

Nuno Delerue, acrescenta que o projecto “Casas da Saúde” vai ser concretizado com ou sem apoio do Governo mas o investimento será centrado nas localizações “mais interessantes” que correspondem ao litoral. “O projecto centrar-se-á naquilo que são as localizações mais interessantes para uma entidade que é privada, e que se compreende que as tenha que procurar… e é a corda do litoral por razões obvias”, sublinha o responsável. A localização ainda não estava definida mas Nuno Delerue admite que o concelho de Bragança teria uma maior probabilidade de acolher o projecto.

 

Jorge Nunes, o autarca brigantino, lamenta a situação mas espera que o problema seja ultrapassado. “No interior é preciso que se criem condições especiais para o investimento privado no sentido de combater o despovoamento, a desertificação do território e as desigualdades que existem no país”, esclarece o presidente da Câmara Municipal de Bragança.

 

No distrito, o investimento, que está orçado em cerca de 50 milhões de euros, representaria a criação de 200 postos de trabalho.