Sex, 22/01/2010 - 18:39
“Ela tem uma série de trabalhos que têm a ver com a procissão. Ela assiste, na sua terra, a toda aquela conjuntura, e foi esse trabalho que quisemos mostrar, a procissão, e um pouco da religiosidade popular, mostrar a fé daquela gente. Foi isso que ela quis mostrar nos seus desenhos, porque são essencialmente desenhos, e quatro ou cinco telas. Ao mesmo tempo, colocámos também elementos de cera que têm a ver com essa religiosidade.”
Uma exposição que para além de desenhos e figuras de cera tem uma nova componente.
“E tem fotografias porque, muitas vezes, o trabalho de Graça Morais, tem por base o registo fotográfico. Vai aos lugares, observa e capta a imagem. Quisemos mostrar como é feito o trabalho da artista.”
Uma procissão que marcou a vida da pintora nascida na aldeia do Vieiro, em Vila Flor.
“Leva-me directamente à minha infância, às minhas experiências, porque toda a família ia à procissão. O meu avô mandava-me com os bois e ficava todo o dia a chorar”, recorda Graça Morais.
Renovado foi também o espaço dedicado a outros artistas.
Desta vez, o escolhido foi Luís Melo, um pintor de Bragança, com uma carreira de dez anos.
“Desafiei o Luís Melo a mostrar aqui não só o último trabalho dele mas também um pouco do trabalho do seu início de carreira. É um artista cuja base é a pintura mas tem trabalhos interessantes como as assemblagens, trabalhos em forma de cubo, usa uma série de materiais e quisemos dar essa visão geral do trabalho dele”, explica Jorge da Costa.
A exposição “A Procissão”, de Graça Morais, e “O resto da História”, de Luís Melo, permanecem no Centro de Arte Contemporânea até 30 de Março.
Para o Verão está já prevista uma exposição de Júlio Pomar.
Escrito por Brigantia