Sex, 27/05/2011 - 09:24
“Nunca prometi a ninguém que as auto-estradas eram para ser à borla. Podemos fazer um desconto nas zonas mais atrasadas mas não vamos fazer como o PS e dizer que é tudo à borla, para depois irmos pedir ao FMI que nos pague a factura.” Num discurso bastante aplaudido, de pouco mais de meia hora, esta foi mesmo a parte em que o entusiasmo do público mais esmoreceu. Mesmo assim, Passos Coelho criticou sobretudo o Partido Socialista, deixou uma série de recados e anunciou que, caso vença as eleições, o seu vai ser o mais reduzido Governo de que há memória. E o ministério da Agricultura vai agrupar o Mar e o Ordenamento do Território. Aproveitou ainda para deixar alguns recados sobre despesismo.“Tudo tem de ser avaliado. Se podemos gastar cem em vez de gastar mil, é isso que vamos fazer. Se é possível fazer agrupamentos escolares, com qualidade, por quatro milhões de euros, porque é que há-de a Parque Escolar gastar mais de 30 milhões para fazer o mesmo”, perguntou Passos Coelho. José Silvano, o líder do PSD no distrito, fez questão de subir também ao palanque. Foi o último a falar e foi dos mais aplaudidos. Sobretudo, quando explicou as razões da necessidade de o distrito votar contra o PS.“Porque está a fazer duas ou três estradas, parece que resolveu os problemas dos transmontanos. Nada mais falso. E o abandono do território que temos notado nos últimos seis anos, na educação a fecharem as escolas, nos centros de saúde a fecharem nos nossos concelhos. É este o Governo que queremos?”
Apesar de à Brigantia não querer comentar as declarações de Pedro Passos Coelho sobre as portagens, o cabeça de lista, Francisco José Viegas, sublinhou à agência Lusa que “o futuro Governo PSD tem de ser confrontado” com a necessidade de adoptar um período de sete anos antes de introduzir portagens na A4.
Escrito por Brigantia