PCP denuncia extinção da Agro Industrial do Nordeste

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Qua, 18/05/2011 - 11:35


Acabou a Agro Industrial do Nordeste. A denúncia foi feita ontem pelo deputado do PCP, Agostinho Lopes, em conferência de imprensa realizada em Bragança.  

Aproveitando uma presença no distrito para fazer um balanço destes últimos dois anos no Parlamento, o deputado comunista pediu uma reunião com a administração e foi confrontado com esta notícia.

“Tivemos a lamentável surpresa de sermos confrontados com a notícia da dissolução da AIN na última sexta-feira, 13 de Maio. Foi um dia de azar para Trás-os-Montes. A câmara de Vila Flor e a de Mirandela têm 98 por cento do capital. A AIN foi dissolvida e nomeada uma comissão liquidatária, administrada pelo anterior administrador da empresa, António Morgado”, revelou.

O deputado comunista teme agora pelo futuro dos trabalhadores das diversas empresas que compunham este complexo que chegou a ter mais de 1200 trabalhadores.

“O que temos em cima da mesa é o desmantelamento, sem perspectiva de gestão integrada. Vai ser vendida ao desbarato e à peça. Estamos a falar de 80 trabalhadores, num complexo que já teve mais de 1200 trabalhadores”, disse.

Uma caso que continuaremos a acompanhar em próximos espaços informativos.

Até ao momento ainda não foi possível chegar à fala com a administração da Agro Industrial do Nordeste.

Agostinho Lopes visitou ainda o matadouro do Cachão, que acusa de estar a agravar o prejuízo global do país por ter sido sobredimensionado e ter dado prejuízo ao longo dos anos.

O deputado do PCP aponta outro caminho para a estrutura. “Um caminho de revitalização do desenvolvimento deste complexo, integrado no próprio desenvolvimento da própria agro-pecuária. E a manutenção dos postos de trabalho”, sublinhou, apontando “o encerramento” como a perspectiva que estará “em cima da mesa”.

Agostinho Lopes esteve ainda reunido com a administração do Centro Hospitalar do Nordeste, a quem mostrou preocupação pelos prejuízos registados.

No entanto, mostrou solidariedade pelas queixas relativas às diferenças no financiamento nos hospitais.

Agostinho Lopes enunciou ainda os dois projectos de resolução apresentados na AR e as visitas regulares ao distrito, mostrando ter acompanhado os problemas da região, desde o regadio da Vilariça e Azibo, às telecomunicações e redes móveis, agricultura, Casa do Douro e condições de segurança nas obras das estradas que actualmente estão em construção.

Escrito por Brigantia