Ter, 05/06/2012 - 12:14
O presidente da assembleia aproveitou para mostrar o seu desagrado pelo facto de o clube não o ter convidado para o lançamento do livro dos 68 anos do Bragança, em Fevereiro, mas principalmente por não ter sido incluído na publicação um texto da sua autoria que Manuel Martins, presidente do GDB, lhe havia pedido para escrever. “O órgão máximo, neste caso do clube, é a assembleia, tem que ser convidada”, referiu.
Paulo Xavier faz questão de frisar que não escreveu o texto de forma individual mas “em representação de todos os que já passaram pela mesa de assembleia”.
Dignidade, liberdade e independência foram as palavras mais sublinhadas pelo presidente da assembleia e que segundo o mesmo deviam ser seguidos pelo clube. Paulo Xavier lamenta que valores monetários se sobreponham aos morais. “Eu sei que o clube depende da autarquia financeiramente. A liberdade pôs-se em causa porque não deixaram à direcção que a mesa de assembleia estivesse presente e o meu texto foi vetado”, lamentou Paulo Xavier. O dirigente aponta o dedo à responsável pela publicação do livro, a autarquia. “A edição foi do município. Se foi a autarquia que não deixou? Exactamente, é óbvio. Porquê? Não sei”.
Paulo Xavier lamentou ainda que depois do seu discurso não tivesse havido uma explicação por parte da direcção do clube. “Como viram ninguém disse nada, remeteram-se ao silêncio. Penso que isso quer dizer muito”.
Depois deste episódio, Paulo Xavier fez saber que não está disponível para continuar à frente da mesa de assembleia e que só falou no assunto, quase quatro meses depois do lançamento do livro, porque considera que as assembleias são o lugar “indicado” para o fazer e porque não queria perturbar o clube numa altura em que a equipa se deparava com um calendário complicado.
No final da assembleia Manel Martins, presidente do Bragança, referiu ao Nordeste Desporto que tinha dado indicações à pessoa responsável pela recolha de textos para pedir o texto a Paulo Xavier. “Estava convencido que o texto estava no livro, só me apercebi que não estava depois de o livro ter sido publicado”, explicou.
Á parte deste assunto foi aprovado por unanimidade o relatório de contas relativo ao ano de 2011, apesar de o clube registar um passivo de 1.763,73 euros.
Este mês o clube vai a votos mas o dia ainda não está marcado. Manel Martins mostra-se reticente e não garante que avance para a recandidatura.
Escrito por Brigantia (CIR)