Sex, 28/06/2024 - 08:25
Um dos parceiros do projecto é a associação transmontana Palombar. O presidente, José Pereira, explica que a ideia é criar um conjunto de dados para colmatar a falta de informação sobre o estado actual dos solos no interior, o que permitirá prever com maior eficácia os impactos negativos das alterações climáticas no território e delinear estratégias de mitigação. “De facto, na região do Interior da Península Ibérica, onde se inclui o Nordeste Transmontano, há indicies de desertificação dos solos bastante alto, particularmente a região, muito próximos da aridez. Nesse sentido, esta ferramenta vai identificar o risco de erosão e declínio da produtividade do solo para criar acções, atempadamente, que permitam restaurar e recuperar estes solos”.
O projecto é coordenado pela Universidade de Aveiro. É realizado em parceria com a Palombar, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia, a Faia Brava – Associação de Conservação da Natureza e o município de Figueira de Castelo Rodrigo. Tem financiamento do BPI – Fundação “la Caixa”, mais concretamente do programa PROMOVE, destinado à dinamização das regiões do interior de Portugal, em parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, e será implementado no período 2023-2026. “A área piloto será na Faia Brava, uma área protegida privada, que representa os ecossistemas e solos de todo o projecto. Trará toda a informação necessária para desenvolver os modelos de actuação. O projecto será desenvolvido em Figueira de Castelo Rodrigo, que é o caso de estudo, sendo depois estendido a Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro, Mogadouro, Alfândega da Fé, Almeida, Pinhel e Sabugal”.
Depois da monitorização da saúde do solo, a ideia é criar ferramentas para resolver o que for identificado.
Uma das acções do projeto é a iniciativa “Teste o seu solo gratuitamente”, a cargo da Palombar, que visa promover a literacia da população sobre a importância do solo, com foco nas escolas e agricultores.
Escrito por Brigantia