Seg, 25/10/2010 - 15:42
Os Skunk Anansie são um quarteto que existiu entre 1994 e 2001, época em que se tornou numa bem sucedida banda de rock alternativo, liderada por uma vocalista com imagem e presença musical fortes e que lhes valeu multiplatinas em vários países com apenas três álbuns editados.
Em 2009, oito anos depois da separação e de cada músico se ter dedicado a afazeres musicais a solo, os Skunk Anansie reapareceram com a edição da coletânea "Smashes & Trashes", que faz a revisão nostálgica da matéria do passado
Fizeram a compilação e voltaram aos concertos - com passagem por Portugal neste verão - numa espécie de pré-temporada do que estava para vir: a edição de um novo álbum de originais.
O resultado do regresso a estúdio é o álbum "Wonderlustre", o registo mais "pessoal, racional, melódico e maduro" da banda, descreveu a vocalista, porque espelha os momentos que os quatro músicos passaram juntos a compor.
Nos onze anos de intervalo entre os álbuns "Post orgasmic chill" e "Wonderlustre", os Skunk Anansie foram apanhados pelas mudanças no setor da música e conheceram a geração Myspace e Youtube, que compra menos discos, mas que, provavelmente, ouve e partilha mais música.
"Não podemos fingir que ainda estamos em 1992. Estamos em 2010, num novo milénio, e as pessoas agora pensam de uma maneira diferente", admitiu Skin.
O lado positivo desta mudança é que os músicos têm maior controlo sobre o que se passa na banda e a relação com o fãs é mais direta e imediata.
"Nós andamos à procura de novas formas de chegar ao público, para que este nos apoie, porque os miúdos querem ver os concertos", defendeu a cantora.
"Acho que as pessoas já perceberam que este não é um regresso para fazer muito dinheiro ou para uma viagem nostálgica. É uma banda que se junta porque adora voltar a juntar-se e não porque não tivemos outra escolha ou não tínhamos mais nada para fazer", garantiu a vocalista.
A banda regressará à estrada a partir de novembro com uma nova digressão, agora com "Wonderlustre", que passará por portugal em fevereiro para dois concertos nos coliseus de Lisboa e do Porto.
A partir de agora, a banda garante que fará o seu caminho, num compasso diferente.
"Antes gravávamos um disco, porque tinha que ser e era entre festivais. Agora paramos por um ano, gravamos um que nos satisfaça e depois fazemos uma digressão. Sem pressas", disse Skin.