Obras das estradas podem ser suspensas (actualizada)

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Sex, 07/10/2011 - 11:23


As obras na Auto-estrada Transmontana e na concessão do Douro Interior (IP2 e IC5) poderão vir a ser suspensas.Segundo o Jornal Correio da Manhã, o Governo vai cancelar obras de empreitadas que já estão adjudicadas. 

Esta suspensão é uma consequência das dificuldades financeiras que o país atravessa e que obriga à redução do défice das contas públicas e ao endividamento do Estado.O jornal avança que o anúncio desta suspensão deverá ser feito hoje pelo ministro da economia e obras públicas que terá de renegociar os contratos com as concessionárias.Segundo o jornal, para além da Auto-estrada Transmontana, IP2 e IC5, a decisão poderá recair também em troços das concessões do Litoral Oeste, Pinhal Interior, Algarve Litoral e Baixo Alentejo, sendo que no Baixo Tejo as obras já estão suspensas.Mas ainda na semana passada, em Bragança, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, anunciava a paragem de obras por todo o país no valor de mil milhões de euros. Mas, em Trás-os-Montes, indicou apenas o túnel do Marão como uma empreitada a precisar de renegociar o financiamento.“Estamos a fazer a reavaliação de tudo o que são obras no país. Já parámos obras no valor de mil milhões de euros de investimento. Aliás, há dias, o Ministro das Finanças até brincava comigo e me sugeria que criasse uma linha especial para taipais, para pôr nas obras que o país não tem capacidade de terminar”, brincou. “Depois há muitas vezes a perspectiva que já se investiram 100 milhões numa obra e que com mais 200 milhões, a obra pode terminar. A verdade é que o país não tem mais esses 200 milhões. Algumas destas obras têm de ser reprogramadas numa perspectiva de aproveitar os fundos comunitários. Será o que vai acontecer ao túnel do Marão”, disse. Na altura, Almeida Henriques não integrou as vias transmontanas entre as que serão paradas. De recordar que uma auditoria da Inspecção-geral de Finanças apurou um prejuízo total de 6,2 mil milhões de euros, entre 2010 e 2013, nestas concessões rodoviárias adjudicadas pelo anterior Governo.A Brigantia já tentou uma reacção dos deputados do distrito na Assembleia da República mas ainda não foi possível chegar à fala nem com Adão Silva, nem com Mota Andrade.

Escrito por Brigantia