Nenhum professor do QZP de Bragança vai ficar sem colocação

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Ter, 01/09/2009 - 10:10


O distrito de Bragança não vai perder nenhum professor. A garantia foi deixada ontem à noite, por Mota Andrade, num jantar que serviu de apresentação da lista socialista às eleições legislativas pelo distrito de Bragança.  

Durante o discurso, o deputado socialista sublinhou que aquilo que foi dito anteriormente por sindicatos e oposição era mentira.

“Nenhum professor do quadro perderá o seu posto de trabalho” garante, acrescenta que “há 2154 professores no distrito e estão todos colocados, só há 101 por colocar neste momento” adianta “mas para estes esperamos que haja uma solução em breve”.

 

Mota Andrade encabeça a lista do PS pelo distrito de Bragança, seguido por Luís Vaz, de Macedo de Cavaleiros, Ana Margarida, de Alfândega da Fé e Carlos Ferreira, de Miranda do Douro.

Maria da Luz Martins Almeida (Vila Flor) e Nunes dos Reis (Freixo de Espada à Cinta) fecham a lista, que devido à perda de um deputado no distrito teve de encolher de oito para seis elementos.

 

E foi precisamente esse o mote do ataque lançado ao PSD.

Mota Andrade considera “vergonhoso” e “humilhante” para a população do distrito a nomeação de um cabeça-de-lista que “nada tem a ver com a região”.

Por isso, espera que os eleitores penalizem o PSD nas eleições do próximo dia 27.

 

Por outro lado, defende que em avaliação vai estar o trabalho feito ao longo dos últimos quatro anos.

Destaca a “revolução na saúde” operada no distrito, com o investimento de mais de 40 milhões de euros nas instalações de vários centros de saúde e a criação do CHNE.

Sublinhou ainda a atribuição do Complemento Solidário para Idosos a cinco mil pessoas do distrito de Bragança.

 

Mas a grande bandeira eleitoral são mesmo as estradas e o alvo as palavras da líder do PSD sobre este tipo de investimentos. “Manuela Ferreira Leite disse que caso o PSD ganhasse as auto-estradas seria revistas mesmo as que já estão concessionadas, por isso ela tem de explicar em Bragança se está favor da auto-estrada transmontana, do IP2 e do IC5 ou não” desafia Mota Andrade.

 

Reafirmando a vontade de “ganhar as eleições”, recusou, contudo, adiantar propostas concretas do programa eleitoral, remetendo-as para o site da candidatura, que estará disponível em www.psbraganca.com a partir de dia 7.

Mas, até lá, sempre foi dizendo que o PS pretende “olhar para a economia e o emprego”, apesar de não ver com bons olhos o investimento num aeroporto regional, que segundo ele “não faz sentido”.

 

Também o caminho-de-ferro no distrito segue o mesmo destino. “A ferrovia não pode ser para transportar quatro pessoas de manhã e quatro à tarde, nem um cabaz de laranjas ou de melões” ironiza. “Tem de haver muitos passageiros ou mercadoria” defende “pois é um meio de transporte extremamente deficitário em termos de custo” explica Mota Andrade. Por isso, “o que nós necessitamos é de boas rodovias em função da densidade populacional” acrescenta.

 

A mesma posição reafirmou Luís Vaz, o número dois da lista socialista, mas a propósito da linha do Tua.

“Quem disser que nas actuais condições a linha do Tua serve as populações, está a mentir” refere “e a prova disso é que nos acidentes morreram quatro pessoas, três das quais eram funcionários da CP porque são os únicos que praticamente ali circulam a não ser quando há grupos turísticos organizados”.

 

Luís Vaz revelou ainda que uma alternativa ao troço inundado pela barragem do Tua nunca fez parte do caderno de encargos da obra a não ser como “mera possibilidade”, não acreditando na desqualificação do Douro como Património Mundial.

Escrito por Brigantia