Movimento Cívico organiza novas formas de luta pela EN 308-3

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Qua, 11/02/2009 - 10:25


O Movimento Cívico de utentes da Estrada Nacional 308-3, entre Bragança e Dine, vai organizar um encontro em Março para reivindicar a requalificação daquela via. A decisão foi tomada na última reunião do movimento que contou com os presidentes de junta de freguesia servidas pela estrada.

A concentração está marcada para o dia 15 de Março na aldeia de Carragosa e o fundador movimento, Carlos Fernandes, encara esta iniciativa como uma forma de luta.

 

“O objectivo é sensibilizar as populações das aldeias servidas por esta estrada para o seu estado de conservação para termos da parte do governo uma resposta a esta questão porque isto é uma vergonha de estrada”, começa por explicar.

“As pessoas já estão cansadas e revoltadas porque depois do 25 de Abril nada se fez a não ser tapar buracos de balde e de pá”, acrescenta Carlos Fernandes.

De acordo com o mesmo, “vamos tentar juntar o maior número de pessoas das 3 aldeias para que, desta forma, todas as populações possam demonstrar a sua revolta e indignação pelo estado em que está esta estrada”.

 

O movimento foi criado em Setembro e na altura ponderava-se mesmo boicotar os actos eleitorais.

A intenção mantém-se. “É uma proposta que eu, enquanto responsável pelo movimento, vou propor aos utentes desta estrada no dia da concentração, a 15 de Março, e espero que seja aprovada”, avança Carlos Fernandes.

 

O presidente da junta de freguesia do Parâmio, lembra que já foi feito um abaixo-assinado a reivindicar a requalificação da estrada que se encontra em mau estado de conservação.

Manuel João Fernandes entende que todas as iniciativas são úteis. “Já foi feito um abaixo-assinado, em colaboração com a Câmara Municipal de Bragança, e tivemos uma resposta do Secretário de Estado das Obras Públicas em que dizia que a estrada tinha um projecto em fase de elaboração e que futuramente talvez pudesse vir a ser reparada, mas não deu prazos”, adianta.

 

O presidente junta de Mofreita, Mário Augusto Gonçalves, considera que há algum desleixo por parte das entidades responsáveis quanto ao estado da via. “Penso que muitos políticos nem sabem em que estado a estrada se encontra porque senão teriam já tomado algumas medidas”, considera o autarca. “Penso que haverá até algumas responsabilidades por parte dos dirigentes da Estradas de Portugal que não chamam à atenção do estado em que se encontra a estrada porque isto nem é estrada, é um caminho”, alerta ainda.

 

O movimento pretende ainda pedir audiência ao Governador Civil de Bragança para o sensibilizar para esta questão.

Escrito por Brigantia