Mota Andrade acusa o Governo de abandonar o distrito de Bragança

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Ter, 04/12/2012 - 17:39


Mota Andrade acusa o Governo de abandonar o distrito de Bragança, depois da solução anunciada, ontem, pelo Secretário de Estado dos Transportes para retomar a ligação aérea Bragança – Vila Real - Lisboa.

Sérgio Monteiro disse que o novo modelo passa por subsidiar os bilhetes, uma solução que depende, apenas, da aprovação de Bruxelas.Para o deputado socialista, as declarações do secretário de Estado revelam que o Governo não fez o seu trabalho para manter esta ligação aérea regional.“Quando ouvi e li as declarações do senhor secretário de Estado nem queria acreditar, porque vem confessar que não fez o seu trabalho. Porque a carreira aérea estava concessionada até ao final do próximo ano. Esteve a ser assegurada estes 11 meses pelo operador já fora do contrato. E portanto o Governo teve 11 meses para resolver o problema e não resolveu”, denuncia Mota Andrade. A ligação entre Trás-os-Montes e a Capital foi interrompida no final de Novembro para rever os moldes de subvenção da linha aérea.Sérgio Monteiro explicou que a ligação “era subsidiada à rota”, o que deixou de ser possível desde a construção da Auto-estrada Transmontana, já que a falta desta infra-estrutura é que justificava aquele modelo. Mota Andrade lembra que a auto-estrada ainda não está concluída.“A Auto-Estrada não está ainda completa e para além de não estar completa, aquilo que se passa no Túnel do Marão é muito preocupante, porque não temos data para o reinício das obras e mesmo quando as obras se reiniciarem a obra demorará cerca de dois anos”, lembra o deputado.A ideia do Governo é implementar um modelo semelhante ao da Madeira, em que o subsídio deixa de ser dado ao operador e passa a ser dado aos residentes.Para o deputado socialista, dificilmente este modelo será viável.“Dificilmente será viável, até porque estamos a falar em situações completamente diferentes. O avião que opera para a Madeira é de grande capacidade, porque é o único transporte para a Madeira, o que não acontece em relação a Bragança e a Vila Real”, salienta o deputado.

A carreira aérea tem tido uma média de 10 mil passageiros por ano que, sem apoio do Estado, teriam de pagar um bilhete quase seis vezes mais caro que os actuais cerca de 60 euros entre Bragança e Lisboa.

Escrito por Brigantia