Manuel Cardoso defende fusão de cooperativas

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Sex, 08/06/2012 - 20:17


Há uma elevada carência de vinho no mercado internacional. A declaração é do Director Regional de Agricultura do Norte.

E sendo Trás-os-Montes é uma região que produz vinho de grande qualidade, importa aumentar a dimensão da sua oferta.
Manuel Cardoso diz que é preciso uma mudança de mentalidade dos produtores de vinho e defende a fusão das cooperativas para ganhar competitividade internacional. “Neste momento há uma grande carência de vinho no mercado mundial. Neste momento se se quiser comprar vinho no mercado mundial, não há vinho à venda. E nós temos vinho nos nossos depósitos das nossas cooperativas. Provavelmente era necessário que houvesse uma mudança na mentalidade dos nossos produtores de vinho e na mentalidade das direcções de algumas cooperativas, no sentido de concentrarem a oferta para poderem colocar o seu vinho no mercado mundial. Se nós fundíssemos as cooperativas da nossa zona, provavelmente tínhamos uma estrutura com uma dimensão internacional capaz de colocar o vinho a preços fantásticos no mercado internacional”.Manuel Cardoso realça que é importante que surjam produtores isolados que garantam a competitividade e o aumento da qualidade das produções. No entanto, segundo o director regional a conquista de mercados além-fronteiras passa pela concentração da oferta de vinho.“É bom que apareçam os produtores, na medida em que isso representa um esforço para cada um ter qualidade no vinho que produz. Mas é bom que imediatamente assegurada a qualidade das uvas, saibam concentrar a oferta da sua produção e ter uma marca chapéu, ter uma concentração chapéu que permita comercializar no mercado internacional. Se nós formos ver os relatórios e contas das cooperativas da nossa zona nós temos algumas que atingem 2, 3, 4, 15 milhões de euros de orçamento; mas se em sentido contrário nós avançarmos na direcção de Zamora, logo a primeira cooperativa que encontramos facturou no ano passado 200 milhões de euros, 25 dos quais a vender produtos para Portugal. Esta diferença de escala tem a ver com a concentração da oferta, o que lhes dá uma capacidade de comercializar os seus produtos que nós ainda não temos. Nós temos que ser capazes de dar esse passo em frente, de pôr as nossas organizações ao nível das melhores organizações internacionais. Os portugueses são tão bons como os outros, têm é que se organizar para isso”.

O Director Regional de Agricultura do Norte a defender a fusão de instituições e cooperativas para que, em cooperação, cativem novos mercados internacionais.

Escrito por Onda Livre (CIR)