Qua, 16/04/2008 - 11:08
Já depois de saírem das instalações da APADI entra em cena o segundo burlão, finge que desconhece o primeiro e que anda à procura de um médico, que na verdade já tinha falecido, diz que tem um irmão em estado terminal e que este quer deixar toda a sua herança à Santa Casa da Misericórdia de Bragança, ou porque não, à de Macedo e ainda a dois comerciantes. O outro burlão propõe-lhe uma determinada quantia em dinheiro, que vai mesmo buscar a um banco e lhe mostra e é proposto a Francisco Carneiro, da aldeia de Malta, em Macedo, que apresente também cinco mil euros, para apenas convencer os alegados receptores da herança de que esse dinheiro existia.
A própria vítima refere o momento em que foi ao banco levantar o dinheiro. “Tem que me mostrar o dinheiro em como o senhor o lá tem, disseram”. “Eu caí na patetice e fui à caixa”, conta Francisco Carneiro.
Tudo se passou por volta das uma da tarde, um dos burlões acompanhou Francisco Carneiro à aldeia de malta, enquanto este foi buscar os documentos a casa, mas ficou à entrada do lugar. Já na travessa ao lado do mini-preço, o outro burlão fez que mancava para pedir à vítima que fosse comprar uma folha de 25 linhas, azul, quando olhou para trás já não viu nenhum dos dois. “Olha o senhor deixa ficar aí o dinheiro como tem melhor perna vá lá o senhor buscar a folha, e eu fui lá buscá-la, quando virei para trás já os não vi”, revela a vítima.
Francisco Carneiro explica porque não contou a nenhum dos familiares. “Não contei, porque eles disseram que não se podia contar a ninguém”.
A vítima diz conhecer bem os burlões caso estes lhe aparecessem à frente.” Um era assim mais ou menos da minha estatura, mais velho, à volta de setenta anos, o outro era de meia-idade, nos seus cinquenta anos”, descreve Francisco Carneiro.
O caso está entregue à GNR.