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Macedo de Cavaleiros quer ter a perda de água mais controlada

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Ter, 14/01/2020 - 09:14


A autarquia de Macedo de Cavaleiros vai investir em equipamentos específicos para o “controlo” e o “diagnóstico” dos gastos relativos à perda de água no concelho

Com um orçamento de cerca de 27 milhões de euros para este ano, é um dos objectivos que o presidente da câmara, Benjamim Rodrigues, quer cumprir. "Além dos estudos que estão em curso e que irão continuar, iremos investir na compra de equipamento específico para controlo e diagnóstico. Espero adjudicar um projecto que nos faça rapidamente reverter esses gastos com perdas".

Macedo é que dos municípios que mais água desperdiça em todo o país. Segundo dados da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, relativos a 2017, durante esse ano, 76,9% da água não foi facturada. Em causa estão perdas reais e comerciais. O autarca acredita que os gastos podem diminuir num plano a quatro anos. "Temos perdas reais na ordem dos 69% e perdas comerciais na ordem dos 80%. O nosso objectivo, obviamente, é chegar a uma fasquia abaixo dos 60%, a curto/médio prazo, e a longo prazo chegar aos valores normais da média do país, na ordem dos 40 a 50%".

As perdas comerciais dizem respeito a situações de não cobrança e isenção. "Águas que as instituições consomem, que em qualquer autarquia é paga, aqui não é paga, como os bombeiros, todo uma série de instituições que nos acabam por fazer levantar a factura comercial. Em perdas comerciais é uma factura grave".

Quanto ao pagamento da dívida da autarquia de Macedo de Cavaleiros à Águas do Norte, no valor de 9 milhões de euros, o município tem agora 20 anos para a saldar. O autarca de Macedo de Cavaleiros reagiu ainda ao abandono por parte de Pedro Mascarenhas dos pelouros que tinha no município. Benjamim Rodrigues não comenta as acusações de falta “de solidariedade e lealdade institucional”, que lhe dirigiu o vereador, mas disse lamentar a decisão “pessoal”, que respeita mesmo não concordando. "Sobre isso só posso dizer que o nosso vereador, que pediu demissão dos pelouros, é uma posição pessoal, que respeito, com a qual não concordo, mas cada um tem que definir aquilo que quer para si próprio. Resta-me dizer que, enquanto colaborador do município, foi uma pessoa que cumpriu e só tenho que dizer bem. O arquitecto Pedro Mascarenhas desempenhou as funções para as quais foi eleito e, neste momento, fez uma outra opção, tem outro caminho pela frente e é isso que temos que respeitar".

Pedro Mascarenhas tinha os pelouros de cooperação com as freguesias, energia, gestão de equipamentos municipais, gestão urbanística, obras municipais, protecção civil e trânsito. Benjamim Rodrigues adiantou que estas funções vão agora ser distribuídas entre os vereadores em permanência e ele próprio.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais