Macedo de Cavaleiros pode não vir a ter helicóptero do INEM

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Qua, 09/07/2008 - 09:20


O helicóptero do INEM que estava anunciado para Macedo de Cavaleiros pode não ser instalado. O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica diz que pode já não ser necessário.

 

Em entrevista à Antena 1, Abílio Gomes adianta que está a ser feito um estudo para avaliar a necessidade destes meios em algumas zonas do país, entre eles o de Macedo de Cavaleiros.

 

O presidente da Câmara Municipal de Macedo mostra-se indignado com estas declarações. “Reajo com muita admiração e indignação, o senhor presidente do INEM faz declarações que eu não consigo compreender”, afirma a autarca acrescentando que “as informações que tínhamos do Ministério da Saúde era que embora havendo um atraso que estariam a trabalhar para recuperar o tempo perdido”.

 

Depois de várias datas apontadas para a chegada do helicóptero, a última prevista era o Verão. O autarca de Macedo diz que a reforma da saúde está assim a ser posta em causa. “É posto em causa o que foi acordado, é posto em causa um dos poucos aspectos positivos desta reforma do sistema de saúde, que era a criação de um meio de socorro rápido e de salvamento”, refere Beraldino Pinto concluindo que “não há nenhuma justificação”.

  

O presidente da Comissão de Saúde de Macedo de Cavaleiros, diz-se espantado com as declarações do presidente do INEM. José Madalena considera que esse anúncio só poderia ser feito pela ministra da Saúde e não pelo presidente do INEM. “Nós estamos verdadeiramente espantados e indignados com esta situação”, assinala José Madalena. “Há uma decisão tomada pelo Ministério da Saúde, onde se assumia esse compromisso, que servia de contrapartida à retirada de alguns serviços de saúde e agora aparece esta declaração que é completamente injustificável”, considera o presidente da Comissão de Saúde de Macedo de Cavaleiros.

  

José Madalena diz que toda a história que envolve a instalação do helicóptero parece uma brincadeira. “Isto parece uma brincadeira”, afirma o presidente da Comissão de Saúde de Macedo de Cavaleiros. “Efectivamente há uma decisão tomada, que com certeza devia ser baseada em estudos, e agora invertem-se as coisas, primeiro toma-se a decisão e depois diz-se que vai ser estudada, e que em função do estudo pode já não se justificar esse serviço”, refere José Madalena. “Isto não é assim, a nossa região tem carências muito graves ao nível da rede pré-hospitalar e o serviço justifica-se apesar de sabermos que obviamente tem o seu custo”, conclui José Madalena.

 

A Brigantia procurou ouvir o Governador Civil de Bragança sobre este assunto, mas até ao momento Jorge Gomes não esteve disponível.