José Silvano defende reabertura da maternidade de Mirandela

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Qui, 08/05/2008 - 15:26


 O presidente da câmara de Mirandela quer que a maternidade seja reaberta depois de a ministra da saúde ter dito ontem na Assembleia da República que a realização de 1500 partos anuais não pode ser critério para encerrar as maternidades, sobretudo em zonas onde as pessoas revelam mais dificuldades em aceder aos hospitais.

 

“O número de partos inferior a 1500 não pode ser o único critério para fechar ou abrir maternidades”, diz Ana Jorge. A governante acrescenta que “não se pode encerrar uma maternidade no distrito de Beja e outras nas mesmas condições”. Segundo a Ministra da Educação a população iria ficar desprotegida”. Ana Jorge afirma que “terão que ser encontradas soluções para que as maternidades no sector público possam desempenhar aquilo que é impportante junto das populações”.

 No entanto, há um mês atrás, em Mirandela, aquando da inauguração da cirurgia de ambulatório do hospital, Ana Jorge deixou entender que para a reabertura da maternidade seria necessário ter mais de 1500 partos. “Se em Mirandela nascerem muitas crianças, se nós conseguíssemos duplicar, triplicar a taxa de natalidade em Portugal e se Mirandela tivesse uma média de nascimentos que ultrapassasse os 1500, provavelmente teríamos que pensar com o presidente de câmara para conseguir desenvolver aqui uma maternidade”, assinalou Ana Jorge.   Perante as novas declarações da ministra da saúde, ontem no parlamento, o presidente da Câmara Municipal de Mirandela defende a reabertura imediata da maternidade. “Ela tem que ser consequente com aquilo que disse, as maternidades que foram fechadas com base nesse critério devem reabrir imediatamente”, refere José Silvano. “Eu penso que a senhora ministra, sendo ela obstetra também, deve muito rapidamente equacionar a reabertura da maternidade de Mirandela”, reitera o autarca.

Palavras da ministra da saúde que levaram José Silvano a pedir a reabertura da maternidade.