Qua, 11/04/2018 - 12:40
Este foi um estudo que começou no século passado, com a recolha de castanheiros que não foram afectados pela doença, começando ai um processo de selecção e melhoramento da árvore, como explica o investigador José Laranjo.
“Neste quadro, a UTAD, que desde a década de 80 do século passado perseguia esta doença, conseguiu desenvolver um porta-enxerto, recentemente testado com a colaboração de dezenas de agricultores, confirmando-se que o mesmo é resistente à doença. Na base do trabalho agora apresentado está, por isso, o contributo, do investigador Columbano Taveira Fernandes nos anos 50, e nos anos 80, de investigadores da UTAD, como o antigo vice-reitor António Lopes Gomes, Carlos Abreu, Luís Torres de Castro e Alberto Santos.
Um dos rostos atuais deste trabalho, o investigador e docente do Departamento de Biologia e Ambiente da Universidade, José Gomes Laranjo, esclarece que o novo clone, designado ColUTAD, é um castanheiro híbrido resultante do cruzamento entre o castanheiro europeu “Castanea sativa” e o japonês “Castanea crenata”, contou o investigador José Laranjo.
Para o investigador, este clone imune à doença da tinta vem trazer uma nova esperança aos produtores: “estes castanheiros são uma nova esperança e vão ocupar os espaços dos soutos que até aqui estavam vazios
Após uma investigação de várias décadas a UTAD conseguiu criar um clone de castanheiro inume à doença da tinta, que vai agora começar a ser comercializado, através de um contrato de licenciamento que a academia vai assinar com uma empresa ligada ao sector agrícola.
Escrito por Universidade FM (CIR)