Início do julgamento do Nordeste Explosivo adiado

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Ter, 08/11/2011 - 18:22


A greve dos guardas prisionais obrigou, hoje, ao adiamento do início do julgamento dos arguidos envolvidos no processo “Nordeste Explosivo”, no Tribunal de Alfândega da Fé.

Entre os 17 arguidos que vão ser julgados por alegado tráfico de explosivos estão os presidentes de junta de Murçós e de Cortiços, no concelho de Macedo de Cavaleiros.

Segundo a informação avançada pelo JN, João Manuel Fernandes, presidente de Murçós, e Manuel Mendes, de Cortiços, são acusados de posse de arma proibida por terem comprado explosivos a um empreiteiro de Alfândega da Fé.

 

Nas buscas realizadas pela Policia Judiciária, em Fevereiro passado, a casa do presidente da Junta de Murçós foram encontrados detonadores, gelamonite e várias centenas de cordão lento. Já em casa do autarca de Cortiços foram apreendidas duas armas de fogo e segundo a acusação terá comprado uma caixa de gelamonite ao principal arguido.

O homem acusado de liderar a rede de tráfico de explosivos é Jorge Pinheiro, um empresário de Alfândega da Fé que tinha credenciais para comprar dinamite. Segundo o Ministério Público o empresário aproveitava essa autorização para vender explosivos a pequenos empreiteiros sem capacidade legal para os adquirir.

A acusação alega, ainda, que o homem se dedicou à venda de gelamonite, goma, detonadores e cordão durante pelo menos quatro meses. Este é o único arguido que se encontra em prisão preventiva.

Escrito por Brigantia